Bendito és, Antônio!
Karla Karenina*
Sabes o que é produzir um poema?
Sabes o que é dar à luz depois de dias em
trabalho de parto?
Sabes o que é caminhar sem bússola no deserto,
com sede?
Sabes o que é estar semimorto e ver abutres
sobrevoando ao redor de ti?
Então saibas que recebes pedaços das minhas
entranhas em palavras. Pedaços de mim, sobrevivente do caminho desse amor que
sinto por ti
Receba meus poemas como bênçãos. Pois que
saber que alguém te dedica tamanho sentimento, é ser bendito!
Bendito és por me fazer produzir poemas nas
madrugadas insones.
Bendito és por ser mais, muito mais que objeto
de desejo.
Bendito és por ser querido, amado,
compreendido, esperado...
Percebes o quanto és bendito, Antônio?
Sabes que é assim que te chamo em minhas
orações?
Meu bendito Antônio...
Ah! Se pudesses entender, ter a dimensão do
quanto és bendito!...
Sim, Antônio!
Como o santo e como o poeta. Como o filho
amado de minha irmã poeta...
Antônio como o homem guerreiro ou como o
menininho doente, carente...
Antônio. Meu Antônio!
Receba minhas preces, meus pedaços em palavras
(poemas) e receba meu coração e corpo.
Receba, Antônio, o meu amor!
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