terça-feira, 17 de junho de 2014

CRÔNICA (RV)

A LAVOURA E A POESIA
Reginaldo Vasconcelos*








Na imagem, o acadêmico Paulo Ximenes, preparado para torcer pelo Brasil no jogo contra a Croácia. Poeta e agrônomo, o confrade nunca confunde a lavoura com a poesia.

Ele não concorda com os desmandos do Governo, mas diz que é patriota antes de tudo, e portanto aderiu à corrente “VAI TER COPA” e deseja ardentemente que o Brasil alcance o hexa.

O poeta torcedor está ladeado na foto por dois antigos tipos populares da Capital do Ceará, da série “Flanêurs de Fortaleza”, pinturas em acrílico de Reginaldo Vasconcelos, este cronista que vos fala.

Do lado esquerdo do poeta, olhando de esgueira, o velho Feijão-Sem-Banha, recolhedor e acumulador de quinquilharias, morador do Castelo do Plácido nas décadas de 60/70 do Século XX, prédio histórico abandonado na Aldeota, hoje demolido.

À direita do modelo, Chagas dos Carneiros, um cego monarquista que treinava e tingia a lã de dois borregos, os quais dançavam ao compasso das batidas do cajado de seu mestre, e faziam outras gracinhas. Chagas foi contemporâneo do Império, e nunca se conformou com a proclamação da República.
 *Reginaldo Vasconcelos
Advogado e Jornalista
Titular da Cadeira de nº 20 da ACLJ
  

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