RIO DE JANEIRO À LUZ
DA ASTRONOMIA E DO CORAÇÃO
(No lançamento deste livro de Maria José Botelho)
Por Vianney Mesquita*
Constantemente
repito o pensamento segundo o qual um dos melhores momentos da vida de uma
pessoa, entre tantos outros que se costuma experimentar de bom, configura-se na
solenidade de lançamento de um livro.
Ainda mais –
acrescente-se – numa circunstância especial como esta, quando em reunião
amistosa, na própria oficina de vida da autora, se encontram tantos amigos, que
prestam culto à sua inteligência e preparo intelectivo, muitas vezes
comprovados, no curso normal de sua vida funcional de professora e com registo in albo
lapillo na intensiva atividade editorial.
Evidentemente, não
devo surripiar dos leitores a satisfação de deparar os encantos de RIO DE JANEIRO À LUZ DA
ASTRONOMIA E DO CORAÇÃO, adiantando-lhes passagens prazerosas para lhes retirar
o prazer e a graça da descoberta.
Tenciono imprimir
destaque é no conteúdo multidisciplinar de toda a obra da Professora Maria
José, a qual cresceu de proporções, em especial após se jubilar como docente da
Universidade Estadual do Ceará.
Das pessoas comuns, espera-se
o reverso – o abandono da atividade acadêmica e adesão ao puro lazer. Contrario sensu, seu trabalho avulta em quantidade e substância, conquanto
perpasse momento difícil, porém o atravessa com sobranceria, no raciocínio
maior de que cada derrocada é pretexto para nova escalada.
Enuncio, então, neste
lance, o meu enleamento pelo trabalho ininterrupto de quem, após tanto tempo
dedicado à causa nobílima do saber, na sala de aula, na pesquisa e no ensino
universitário , acompanha o moto continuo das atividades do espírito, sem
ensejar oportunidade ao ócio pernicioso e ao lazer exagerado, de ordinário,
produtores de deformidades.
Guardo apreço muito
pessoal por aquele que, como a Aurora, mesmo fanada no trato temporal de
vivência, é renovada de ideações imaginosas ao cuidar de ciência, tecnologia e
arte, dando oportunidade também à reflexão transcendente, da qual todos somos
dependentes.
Hoje lançado à
inteligência do nosso Estado, consoante comprovarão os leitores, este volume
não é matéria do saber ordenado para emprego didático em universidades.
Constitui, todavia, rica nascente de
ideias apreendidas, para servirem como informações e relembranças para um
público de mediana a culta leitura, transferidas em escrita simples e Português
escorreito, fato comprobatório do valor intelectual da Autora, tomado nas mais
importantes escolas e em selecionado acervo documental e livresco durante o curso de sua vida de mulher culta
desde o uso da razão.
Em decorrência de tudo
o que expressei até agora, e por outros motivos,
também, recomendo a companhia desta peça
de teor precioso e dotes gráficoeditoriais visíveis, para enriquecimento da
biblioteca particular de qualquer um que
aprecie a boa leitura e admire a inteligência.
É um referente
editorial de qualidade, para honra das letras do Ceará, adorno grácil da
literatura do nosso País.
Propositadamente,
deixei para rematar esta – certamente –
imperfeita fala com os cumprimentos ao preclaro ex-mestre, Prof. Caio Lóssio
Botelho, de quem recebi a luz das primeiras compreensões, em caráter
científico, dos ditames da Geografia e demais saberes corográficos, uma
evocação que muito me enobrece e perfaz como ser humano e indivíduo metido a
escrevinhador provinciano.
Parabéns à Autora
desde volume, pela nova publicação e, de bom respingo, ao acadêmico Caio Lóssio
Botelho, por privar, há dezenas de anos, do consórcio desta mulher imensa,
configurada na sua consorte, a escritora Maria José Régis Rondon Botelho.
DISSE.
*Vianney Mesquita
Professor da UFC
Escritor e Jornalista
Membro da Academia Cearense
da Língua Portuguesa
Titular da Cadeira de nº 22 da ACLJ
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