segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

DISCURSO

RIO DE JANEIRO À LUZ DA ASTRONOMIA E DO CORAÇÃO
(No lançamento deste livro de Maria José Botelho)
Por Vianney Mesquita*
Constantemente repito o pensamento segundo o qual um dos melhores momentos da vida de uma pessoa, entre tantos outros que se costuma experimentar de bom, configura-se na solenidade de lançamento de um livro. 
Ainda mais – acrescente-se – numa circunstância especial como esta, quando em reunião amistosa, na própria oficina de vida da autora, se encontram tantos amigos, que prestam culto à sua inteligência e preparo intelectivo, muitas vezes comprovados, no curso normal de sua vida funcional de professora e com registo in albo lapillo  na intensiva atividade editorial.

Evidentemente, não devo surripiar dos leitores a satisfação de deparar  os encantos de RIO DE JANEIRO À LUZ DA ASTRONOMIA E DO CORAÇÃO, adiantando-lhes passagens prazerosas para lhes retirar o prazer e a graça da descoberta.

Tenciono imprimir destaque é no conteúdo multidisciplinar de toda a obra da Professora Maria José, a qual cresceu de proporções, em especial após se jubilar como docente da Universidade Estadual do Ceará.

Das pessoas comuns, espera-se o reverso – o abandono da atividade acadêmica e adesão ao puro lazer. Contrario sensu, seu trabalho avulta em quantidade e substância, conquanto perpasse momento difícil, porém o atravessa com sobranceria, no raciocínio maior de que cada derrocada é pretexto para nova escalada.

Enuncio, então, neste lance, o meu enleamento pelo trabalho ininterrupto de quem, após tanto tempo dedicado à causa nobílima do saber, na sala de aula, na pesquisa e no ensino universitário , acompanha o moto continuo das atividades do espírito, sem ensejar oportunidade ao ócio pernicioso e ao lazer exagerado, de ordinário, produtores de deformidades.

Guardo apreço muito pessoal por aquele que, como a Aurora, mesmo fanada no trato temporal de vivência, é renovada de ideações imaginosas ao cuidar de ciência, tecnologia e arte, dando oportunidade também à reflexão transcendente, da qual todos somos dependentes.

Hoje lançado à inteligência do nosso Estado, consoante comprovarão os leitores, este volume não é matéria do saber ordenado para emprego didático em universidades. Constitui, todavia,   rica nascente de ideias apreendidas, para servirem como informações e relembranças para um público de mediana a culta leitura, transferidas em escrita simples e Português escorreito, fato comprobatório do valor intelectual da Autora, tomado nas mais importantes escolas e em selecionado acervo documental e livresco  durante o curso de sua vida de mulher culta desde o uso da razão.
Em decorrência de tudo o que expressei até agora, e por outros motivos, também,  recomendo a companhia desta peça de teor precioso e dotes gráficoeditoriais visíveis, para enriquecimento da biblioteca particular de qualquer  um que aprecie a boa leitura e admire a inteligência.
É um referente editorial de qualidade, para honra das letras do Ceará, adorno grácil da literatura do nosso País.

Propositadamente, deixei  para rematar esta – certamente – imperfeita fala com os cumprimentos ao preclaro ex-mestre, Prof. Caio Lóssio Botelho, de quem recebi a luz das primeiras compreensões, em caráter científico, dos ditames da Geografia e demais saberes corográficos, uma evocação que muito me enobrece e perfaz como ser humano e indivíduo metido a escrevinhador provinciano.

Parabéns à Autora desde volume, pela nova publicação e, de bom respingo, ao acadêmico Caio Lóssio Botelho, por privar, há dezenas de anos, do consórcio desta mulher imensa, configurada na sua consorte, a escritora Maria José Régis Rondon Botelho.

DISSE.

*Vianney Mesquita
Professor da UFC
Escritor e Jornalista
Membro da Academia Cearense 
da Língua Portuguesa
Titular da Cadeira de nº 22 da ACLJ

                                 

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