ESCORPIÕES DA POLÍTICA
Paulo Maria de Aragão *
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Ora, a ingratidão
política atingiu Churchill, Charles de Gaulle e outros notáveis homens. Não
estranhável, posto que sacripantas ao se entranharem no poder metamorfoseiam-se
em busca de regatear oportunidades, sob o dizer de que “a política é dinâmica”.
Um sofisma grosseiro! É estúpido e perverte a autêntica dinâmica da ciência
política, tendo por compromisso a construção do bem comum, o útil a uma boa
causa.
Nesse contexto,
as fábulas são preciosas para avaliar e, quiçá, exprimir a conduta humana.
Sempre atual tem-se a do escorpião, que, com astúcia, dizia querer alcançar a
outra margem do rio e que por não saber nadar, implorava ajuda a uma rã que
coaxava por ali.
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Muitos protagonistas
da política são comparáveis ao peçonhento da fábula. Prometem e não cumprem. Por instinto, atraiçoam suas vítimas. Assim,
rãs e escorpiões são partícipes deste teatro real; aquelas sacrificadas por
estes para alcançar a margem do poder, atraídos pelas benesses do Estado
provedor de cargos, verbas e espúrias mordomias. Assim, recusam a qualquer
utilitária vocação e comprometem a política e a história deste país.
*Paulo Maria de Aragão
Advogado e Professor
membro do Conselho
Estadual da OAB-CE
Titular da Cadeira
nº37 da ACLJ
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