quarta-feira, 15 de agosto de 2012

UM LIVRO GENTIL - UMA FESTA IMPERDÍVEL


A Academia Cearense de Literatura e Jornalismo está convidando para a festa de lançamento do livro De Família, do cronista Dorian Sampaio Filho, que será no próximo dia 13 de setembro, às 19:30, no Ideal Clube, por convite de José Telles, Diretor do seu Departamento de Cultura e Arte, com apresentação oral do Dr. Lúcio Alcântara. 

Dorian Filho é titular da Cadeira de nº 23 de ACLJ, patroneada por seu pai e homônimo, e essa será a primeira obra de acadêmico acelejano, lançada sob os auspícios da instituição literária a que ele pertence.

Trata-se de uma coletânea de crônicas, muitas delas escritas por Dorian Filho, grande parte publicada no jornal O Estado, e tantas outras da lavra de Dorian Sampaio, o pai, saudoso jornalista cearense falecido no ano 2000 – estas coligidas das colunas que ele manteve nos extintos jornais Diário do Povo, editado em Fortaleza nos anos 50 por Jáder de Carvalho, e JD, este último de sua própria editoria.

Dorian Sampaio organizou e editou por muitos anos o Anuário do Ceará, e o filho, que herdou sua editora, tem várias obras publicadas, todas elas de cunho técnico e jornalístico, como o excelente trabalho “História dos Municípios do Ceará”.

Foto: DN
Recentemente, desafiado pelo médico Pedro Henrique Saraiva Leão, atual presidente da Academia Cearense de Letras, que lhe cobrou uma publicação com textos de Dorian Sampaio, Dorian Filho resolveu responder ao repto do amigo com a obra De Família, com textos de ambos, já que não há mais registros de grande parte das crônicas de seu pai, que não catalogava o que escrevia.

De Família, como o nome sugere, é um livro orgânico, afetivo, caloroso, de tal modo que com o seu tomo nas mãos quase se sente os trinta e seis graus naturais do corpo humano, e com um pouco de esforço quase se ouve pulsando no seu mediastino lírico o fraterno coração de ambos os Dorians.


Esse novo livro, a par de fazer uma homenagem a Dorian Sampaio, é uma ode à chamada “crônica mundana”, este gênero tão brasileiro dentre as modalidades da “literatura ligeira” – a “arte de encontrar mel sob o vespeiro do cotidiano”, como eu mesmo a classifico em um de meus livros – que entre nós, desde o início do século passado, alegra com a prosa poética a rigidez denotativa dos jornais, arte na qual a família Sampaio se destaca.

Por Reginaldo Vasconcelos    

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