terça-feira, 7 de agosto de 2012

A FOME E A VONTADE DE COMER

Aconteceu ontem, segunda-feira, 06 de agosto, o primeiro encontro Startup em Fortaleza, no segundo pavimento da Cantina Originale, na Aldeota. 

O evento alcançou o êxito esperado pelo Prof. Albuquerque Costa, da Universidade Federal do Rio de Janeiro, organizador do meeting, um cearense empenhado em colocar o seu Estado no circuito nacional de “players da cena empresarial startup”, no jargão anglófono do meio.


O espaço ficou lotado de jovens empreendedores, notadamente expertos em computação. Como se sabe, essa febre de novas e geniais ideias, que requerem baixo investimento e prometem rápido e vultoso retorno financeiro, começou com a criação de programas para a Internet, mas depois derivou para projetos de pequenos e criativos negócios que careçam de modesto capital e de uma “incubação” eficiente.


Em última análise, esse movimento nasceu das novas necessidades do mundo moderno e das muitas possibilidades que a vertiginosa evolução tecnológica proporciona, conjuntura que a todo momento oportuniza a criação de boas soluções técnicas e o advento de iniciativas comerciais interessantes – em princípio alguém com uma ideia luminosa na cabeça, um pequeno investimento e meia dúzia de cérebros brilhantes que aderem ao projeto e colaboram com o negócio.


No campo da Internet há estimulantes exemplos de projetos prodigiosos que, com muita inspiração e pouca transpiração, atingem rapidamente resultados milionários. 

Mas nem se precisa de tanto êxito para se ganhar um bom dinheiro com uma ideia auspiciosa, remunerando bem o capital empregado, de forma segura, porque tecnicamente bem orientada pelos que gerem a “incubação”.

O Startup é uma receita de três elementos, figuradamente postos nos vértices de um triângulo – actum trium personarum – como se diz na fórmula latina: o empreendedor, que é o dono da “heureca”, o investidor, que financia o projeto, e o grupo técnico, que orienta a sua execução, garantindo, cientificamente, o seu sucesso.

O articulista e o Prof. Albuquerque Costa, da UFRJ
Há uma demanda de bons pensadores no seio da nossa juventude, um grande estoque de capitais no mercado precisando de aplicação rentável e segura, e uma casta de crânios na universidade, disposta a emprestar a sua expertise na orientação de novos negócios. Isso se chama Startup. A fome, diante do alimento, e a vontade de comer.

Por Reginaldo Vasconcelos 

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