Mino, um homem do bem
Gonzaga
Mota*
No dia 3 de maio, o amigo – irmão Hermínio Macêdo Castelo Branco, conquistou mais um ano de vida, pensando em servir do que ser servido. Prestativo e amigo de todos, é um representante autêntico de uma turma de pessoas corretas, puras e dignas, infelizmente, em fase de extinção.
Suas
qualidades são várias: desenhista, cartunista, programador visual, projetista
gráfico, poeta, jornalista, editor e outras que, com certeza, me esqueci em
razão dos meus 78 anos de idade. Pertencemos com muito orgulho ao grupo
daqueles que estão na terceira idade. Numa coisa, nós septuagenários, somos
privilegiados.
Pelo estatuto do idoso, não precisamos entrar
em filas. Isto é o que se chama uma desculpa fajuta, ou seja, para boi dormir
(kkkkk). Tenho a honra de manter uma sólida amizade com o Mino. Sempre está
vendo o mundo com os olhos do coração. Participou de várias exposições de
humor, individuais e coletivas, não só no Brasil, mas também no exterior.
Possui também trabalhos publicados em países da Europa e da Ásia.
Hermínio; com a sua cearensidade graciosa e
sem malícia honra o povo brasileiro. Se todos pensassem e agissem como ele, o
mundo seria diferente. Acho Mino, em face de suas atitudes e do seu
comportamento ético, desprendido e generoso parecido com dois homens, para mim,
os mais importantes do século passado: Mahatma Gandhi e João Paulo II. Ignês e
seus filhos podem se vangloriar do esposo e pai.
A tristeza nunca perturbou o Mino, pois ele
sempre pensou em Deus. Sempre distribuiu esperança e amor, nunca guardou ódio
nem rancor, dessa forma nunca deixou de encontrar o caminho da felicidade. Para
ele é possível reencontrar a esperança mesmo depois de perdas e desilusões. Sua
inteligência não lhe permite fracassar. Sonhando vai criando o futuro e a sua
sabedoria e humildade o fazem uma pessoa extremamente solidária.
A vida é mais bela quando percebemos a
presença da amizade e a ausência da inveja e do ódio. Henfil, que foi seu
amigo, disse certa vez: “se não houver frutos, valeu a beleza das flores; se
não houver flores, valeu a sombra das folhas; se não houver folhas, valeu a
intenção da semente”. Assim, pensa o nosso querido Hemínio.
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