terça-feira, 23 de março de 2021

NOTA ACADÊMICA - Sarau Virtual da ACLJ (22.03.2021)

 SARAU VIRTUAL DA ACLJ
(22.03.2021)

   


PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de uma hora e meia, 8 acadêmicos. Compareceram ao grupo o Poeta Paulo Ximenes,  o Marchand Sávio Queiroz Costa, o Bibliófilo José Augusto Bezerra, o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos.

Compareceram também o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Juiz de Direito Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, o Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos e o Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel
 
Justificaram ausência: o Professor Doutor Rui Martinho Rodrigues, o Procurador Edmar Ribeiro,  a Atriz, Psicoterapeuta, Escritora e Poetisa Karla Karenina e o Engenheiro Humberto Ellery. 



TEMA DE ABERTURA

O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos comentando sobre o dia 04 de maio vindouro, data aniversária da ACLJ, quando ela então completará 10 anos de existência e assumirá um novo nome e um novo espectro de abrangência geográfica, passando a se denominar Academia Brasileira de Literatura e Jornalismo (ABLJ).

Considerou-se que provavelmente ainda não será viável realizar um Assembleia Geral presencial, em razão da pandemia, ou talvez apenas com os integrantes da Decúria Diretiva que já estiverem plenamente imunizados com a segunda dose vacinal, e que tiverem superado o prazo de vinte dias necessários à efetiva proteção.   


ASSUNTOS ABORDADOS
 
Paulo Ximenes anunciou que está a escrever um livro sobre sua história de família, e referiu ao trabalho exaustivo que tem tido para colher informações junto aos parentes mais idosos, sobre fatos e pessoas relativos ao contexto parental. 

Então Aluísio Gurgel do Amaral fez um relato detalhado e cronológico de suas origens pessoais, remontando desde aos genearcas europeus, passando pelos casamentos já ocorridos no Brasil entre Gurgéis e Amarais, Amarais e Gurgéis, até o advento de seu saudoso pai e de seu  composto nome de família. 

Na mesma linha, Sávio Queiroz apresentou o livro "Antigas Famílias do Sertão", de Padre Espiridião de Queiroz Lima, seu antepassado colateral, principalmente sobre a genealogia dos Queiroz no Ceará. Um exemplar desse livro foi oferecido à sua mãe, Dona Wanda Queiroz, pela poetisa Angélica Coelho. Todavia Dona Wanda quis que o precioso centifólio fosse entregue a ele, Sávio, pois sendo ele um membro mais jovem da família seria um melhor guardião da sua memória.

José Augusto referiu então que vários livros genealógicos já foram escritos por diferentes ramos da família Bezerra – e lembrou a obra intitulada "Antes Que Me Esqueça", de José Américo de Almeida, em que o autor, desde o título, remete à angústia dos memorialistas no seu desiderato de que não se perca na poeira do tempo fatos que presenciou – ou que protagonizou. 

Superado esse tema, empreendeu-se discussão mais extensa sobre a presença das mulheres na sociedade moderna, sua valiosa contribuição para o enriquecimento das instituições. 

Narrou José Augusto que Rachel de Queiroz já fora admitida na Academia Brasileira de Letras quando se candidatou à Cearense, revelando-se ressentida de que, já havendo quebrado o paradigma masculino na congênere nacional, ainda não pertencia à academia de letras conterrânea sua, a mais antiga do Brasil.

Relatou  que foi  necessário alterar o Estatuto do ACL para que Rachel fosse admitida – não porque fosse mulher – mas porque não morava em Fortaleza, e essa era uma exigência estatuída. 

Por fim, abordou-se o tema do sexo secreto em instituições religiosas, que foi explorado no livro "Que Seja Em Segredo", da escritora cearense Ana Miranda, especificamente sobre as freiras.

 

Convergiam para os conventos, no passado, não somente as moças que manifestavam genuína vocação religiosa, mas a estas se juntavam aquelas que perdiam a virgindade fora do casamento, e à vida religiosa eram compelidas pelas famílias, para que não se prostituíssem. 

Estas, já iniciadas na vida sexual, não raro a mantinham sob o hábito – fosse com seminaristas, fosse com abastados patrocinadores das Ordens Religiosas, fato para o qual a comunidade fechava os olhos. 

Reginaldo Vasconcelos lembrou que, no lado masculino, na velha Polônia, os rapazes que não se interessavam pelas moças, dentro da ingenuidade profundamente religiosa que reinava naquele país, interpretavam que o seu destino deveria ser o sacerdócio, e após ordenados lhes vinham pulsões homossexuais irrefreáveis. 
 

    DEDICATÓRIA

A sessão virtual da ACLJ realizada nesta segunda-feira, dia 22 de março, foi dedicada à grande escritora cearense contemporânea, Ana Miranda, acima referida, que depois de longa residência no Rio de Janeiro retornou à sua terra – o Ceará – e aqui tem residência. 



 

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