MEIA NOITE
Alana Alencar*
Alana Alencar*
Meia-noite... e o selo do teu gesto geme na constância da minha pele que te ouve atenta...
E feito onda sonora devora a insistência que te apela a fome...
Renasce às torturas do impossível quando deita e pensa... pulsa lasciva e torpe, desafiando o imaginário...
Temendo o escandaloso grito sobre novas águias.
Águas da solidão que salvam o mundo silente das promessas...
o batismo esquecido pelo amor profano...
A escassez da rima-língua-tato. O olfato.
A permanência inexata das ressacas que sussurram e fracassam. A angústia entre fantasmas que respondem erguidos como crias alentadas
pelo medo.
A perda aguardada como sono, fruto do desejo vão...
Dorme o mundo ardendo em mim... sem razão de girar sobre meus ombros.
Dorme o mundo ardendo em mim... sem razão de girar sobre meus ombros.
Sem razão de lapidar meus versos.
Meia-noite e o selo do teu gesto geme na constância da minha pele que te ouve atenta.
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