quarta-feira, 27 de maio de 2020

CRÔNICA -Plantar e Colher (JM)


Plantar e Colher

Jeovah Maciel

Enviado por Antonino Carvalho*



Sou entusiasta de um radinho de pilhas, que grande lenitivo ele é (isso não significa que eu seja notívago)! Muito sintonizei a Rádio Nacional de Brasília, e numa madrugada escutei o locutor pedindo aos ouvintes que o escutavam, naturalmente testando sua audiência, onde se encontravam e qual a sua sonoridade! Fui impulsionado a ligar para ele. E, dali em diante, ele me colocou entre seus ouvintes cativos.

Aí, recebi uma ligação, lá de Morada Nova, do saudoso e inesquecível Ayrton Vasconcelos: “Jeovazinho, o Fulano (?), da Rádio Nacional, está pedindo que você se comunique com ele”. Assim fiz. É que havia um médico lá de Brasília, também seu ouvinte cativo, desejando participar de um congresso de medicina que aconteceria em Fortaleza, mas não estava encontrando reserva em hotel nenhum, para ele e a esposa.

Contatei com o Ezequiel Xenofonte, indagando se ele conhecia um Xenofonte, gerente do Ponta Mar Hotel, e de pronto ele respondeu: Meu primo e grande amigo! Por conta disso conseguiu-se a reserva pretendida. Peguei o casal no Aeroporto, acomodei-o no Hotel e toquei a vida. O locutor da Rádio Nacional, de público, até enalteceu o meu simples gesto! Meninos, fiquei mais cativo ainda daquele programa radiofônico.

Um dia precisei ajudar a um amigo muito próximo, que necessitava de um exemplar do Diário Oficial da União, daquela dia, pois o seu concurso caducaria caso não tomasse posse naquele data!  Liguei para o locutor da Rádio Nacional, narrei o fato e recebi dele apenas um “me aguarde!”, até me aborreci com a resposta.

Dia seguinte recebi uma ligação daquele médico da reserva do Hotel, dizendo-me ter entregue ao Comandante do Voo 304 (ou 305?) da Transbrasil a encomenda de que precisava! Agradeci e corri ao Aeroporto, onde recebi do obsequioso Comandante, o exemplar do Diário Oficial da União.

E, graças a essa avalanche de ajuda ao próximo, o meu amigo tomou posse. Esse fato servirá para lembrarmos sempre a abençoada parábola: Bem plantar para bem colher

Benza Deus!


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