PRESSÃO ARTERIAL EM MULHERES
Vianney Mesquita*
Sucede muitas vezes ser o coração de mulher santuário em que se cultua um
ídolo de barro. (Severo Catalina del
Amo. *Cuenca, 1832; + Madrid, 1871).
Alimento o costume de
guardar manuscritos inéditos, mesmo que, quando idealizados, não tenham sido
aprovados pela autojoeira exigente de então. Meses, anos, muitos exercícios
temporais após, entretanto, deles procedo a releituras, reciclando-os e os
atualizando, ao ponto de pensar em levá-los a lume, pois, agora, transitados e
aceitos por um colegiado editorial particular, quiçá mais condescendente, diverso
daquele crivo que os reprovou.
Ocorreu com as letras
sequentes, produzidas em 2002, há mais de dois lustros, portanto, as quais
pincei do meu etagère de guardados
tipográficos e manuscritos, com o fito de socializá-las, levando-as a público
por via dos mass media mais
empregados na atualidade, como o livro de papel, por exemplo – que jamais
desaparecerá, malgrado os fulgores cada vez mais luzidios da Informática e da
rede mundial de computadores.
Reporto-me a notas
compostas quando revisava, no ano há pouco mencionado, a rogo das autoras, a
tese de doutoramento da Professora Doutora Zélia Maria de Sousa Araújo Santos,
orientada pela minha estimada mestra, Professora Doutora Raimunda Magalhães da
Silva, assinante natural da coautoria dessa investigação.
Cuido, pois, de Hipertensão arterial – Abordagem para
Promoção do Cuidado Humano – peça transformada em livro, publicado pela
Imprensa da Universidade de Fortaleza, em coedição com a Editora Brasil
Tropical (2003), mercê dos elevados propósitos e da qualidade intrínseca do
volume, transitado, preliminarmente, por eruditos vultos dessa Academia, que
lhe consignaram a necessária caução a fim de a obra resultar editada – sem
falar na aprovação, com a nota Suma,
por parte da Banca Examinadora.
Expressava, então, a
ideia de a ação professoral, nomeadamente na seara acadêmica, solicitar dos
docentes, maiormente nas matérias de conteúdo pragmático, a feitura incessante
de ensaios e investigações mais arraigadas sob o espectro científico, a fim de
acompanhar o desenvolvimento do estado da arte dos ramos do saber por eles
ocupados.
O investigador de boa
crase, efetivamente, é o que intenta
revelar clareza do conhecimento sistematizado, experimentado no dia a
dia rotineiro, no lugar de se isolar na repetição, simplesmente reprodutiva,
dos conhecimentos da colheita de outros, até sendo discordantes,
recorrentemente, no que concerne aos
casos mais aproximados da realidade onde milita o professor e operário da
Ciência, pelo fato de haverem sido elaborados noutra contextura, não
prontificados, ainda, ao emprego imediato.
Na ambiência da
pós-láurea, dos elevados estudos de todo saber ordenado, esta
indispensabilidade é mais solicitada, porquanto aos investigadores aí
empossados é cometida a obrigação de se desonerarem dos pressupostos e
exigências da Universidade, configurados no manutenimento e evolução universal de
ciência, arte, tecnologia e demais ações humanas na seara antropológica, em
matéria quanto em espírito.
Em certos esgalhos
disciplinares – cujo encadeamento de conhecimentos revela-se mais intensivo,
pelo fato de consubstanciarem hipóteses e ilações de certezas relativas
oriundas de outros tratos da doutrina – o estímulo à oferta de respostas a
indefinições e problemas de acontecimentos surgentes no cotidiano é bastante
expedito, fato que deixa o pesquisador sempre acautelado ante a pletora de
acontecimentos obsequiosos, ao talante de sua inteligência e discernimento.
Os ramos disciplinares
que cobrem a Saúde e a Educação (esta jungida à primeira) conformam um grupo na
classificação vigorante, na contextura do qual é totalmente indispensável essa
vigia do vivaz operário da Ciência, a
fim de explicar e vincular fatos fenomênicos de toda procedência, para,
juntando uns aos demais, poder abduzir as variáveis
indesejáveis e empregar seus consequentes à saúde e à boa qualidade de vida
dos grupos humanos.
A Ciência e Arte da
Enfermagem é um dos segmentos desse concurso de saberes parcialmente ordenados,
e seu trabalhador transitou por programa
universitário de graduação, de modo que dele se aguardam: a indispensável perseverança
na formação em serviço de seu mister funcional; a subida por todas as
escaleiras de caminho da Universidade, sempre na intenção de melhorar – e
chegar à perfeição – a atenção àquele ser falto de boa saúde; pelejar – instando, também, para que outros assim
procedam – pela conservação da saúde humana; transmitir teores científicos na
Academia no mister de professor; atuar junto às comunidades feito orientador
das iniciativas de cuidado com a saúde – curativa quanto preventiva; e muitas
outras obrigações como cidadão e profissional nas mais diversas associações
grupais, particularizando o grupo familiar.
A Educação em Saúde é
o exato ajuntamento de dois conglomerados de conhecimentos, dotado de tenção de
prontificar a pessoa humana para conservar a Saúde, tendo por veículo a
Educação.
A consorciação dessas
sistematizações e seu exercício surtiram efeitos não questionáveis na
maximização da qualidade de vida humana, mormente porque os estudos dessa área
são feitos no contorno acadêmico e nos programas de pós-graduação em senso
estreito – cursos de mestrado e doutoramento – cujos resultados imediatamente
são socializados, via extensão universitária e como partes de políticas
públicas específicas.
A atividade artística
e científica da Enfermagem, decerto, é a área mais atuante no campo da Educação
em Saúde, porquanto o trabalhador enfermeiro, nas escolas ou na zona rural da pesquisa científica, bem
assim pelo próprio trabalho de atenção à saúde desenvolvido, é o que executa a
tarefa de maior monta da filosofia desse setor do cuidado, pois é da sua
autoria a maioria dos ensaios compostos na Universidade, sempre sob a
orientação dos melhores professores-investigadores.
Nessa ambiência, pois,
é onde está situada esta obra elaborada a duas privilegiadas mentes e quatro
mãos diligentes, por Zélia Santos e Raimundinha Magalhães, professoras dos
programas de pós-graduação em Saúde Coletiva (antes, Educação em Saúde) da
UNIFOR, assinantes de pesquisas diversas em livros e magazines científicos de fé brasileira e de
acreditação internacional.
Essa união das
pesquisadoras teve o escopo de acrescer a produção libraria especializada entre
nós, concedendo por presente ao estudante e ao investigador o relatório de
minuciosa busca procedida junto a mulheres com hiperpiese em ambiente de
nosocômio da Capital do nosso Estado.
Levando na linha de
conta a ideia de que a produção atinente aos níveis pressóricos maxialterados é
ainda bem parca no Brasil – em relação a investigações para emprego na Educação
em Saúde – o livro, assinado por duas grandes expressões da Enfermagem e da
atividade magisterial neste País, supre uma lacuna até então provada no meio
acadêmico de Fortaleza, considerando a multiplicidade de pontos por elas
suscitados, expressos e resolvidos com o máximo rigor da metodologia, com detalhamento
respeitante a aspectos promotores da
hipertensão arterial, a exemplo de sedentarismo, dislipidemia, estresse,
sobrepeso, obesidade, ingestão de excessiva de café, drogadição ilícita e
tabagismo.
Impende referir,
ainda, que a rareza indicada há instantes é exarcebada quando se cuida de
estudos de hiperpiese em clientela feminina, evento a reunir mais valor ao
volume sob comento, do qual extraí a melhor impressão, em especial, neste
momento (novembro de 2014), na qualidade de safenado desde 2005, máxime pelos
pormenores de suas seções, detalhamento e conteúdo didático e científico do seu
pujante teor, do qual pode se abeberar qualquer consulente de boa leitura, sem
a necessidade de ser especialista.
Hipertensão Arterial – Abordagem para Promoção do
Cuidado Humano veio para ser consultado, como espécie de vade-mecum acerca de graus pressóricos arteriais alterados, principalmente em mulheres.
Sem nenhuma dúvida,
esse evento significa sucesso venturoso para a ação científica exercitada no Estado
do Ceará, cujas escritoras são suas distintas delegadas naturais, desnecessária
a nomeação, para gáudio da Universidade de Fortaleza, das academias locais, bem
como de todo o Brasil.
*Vianney Mesquita
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