VITÓRIA DE PIRRO II
José Humberto Ellery*
No ano seguinte, 279 AC, Pirro invadiu a Apúlia e novamente
bateu os romanos na batalha de Ásculo. Mais uma vez os danos causados aos
romanos foram muito maiores que os sofridos por Pirro. Este, no entanto, ao
comentar suas também grandes perdas disse: “...
outra vitória dessas e eu estarei liquidado”. A partir de então, vitórias
que trouxessem graves perdas passaram a ser chamadas de “Vitória de Pirro “.
Na tentativa de estabelecer um paralelo desse fato com a recente
e apertada vitória eleitoral petista, e a constatação de que a Dilma teve que
“fazer o diabo” para consegui-la, algumas pessoas estão atribuindo a esta uma “Vitória
de Pirro “.
Uma ova! como diria a também ruiva Luciana Genro ( Pirro era
ruivo, como indica seu nome). Em primeiro lugar, Pirro era um grande general,
estrategista brilhante, corajoso, audaz, e após Ásculo continuou vencendo
seguidas batalhas, tomou a cidade de Érix aos cartagineses, em seguida
expulsou-os da Sicília, derrotou os fortes mamertinos em defesa de Messina.
Aníbal, o grande general cartaginês, o considerava o segundo melhor dentre os
guerreiros de seu tempo, atrás apenas do invencível Alexandre Magno.
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Se queremos mesmo dar um nome à vitória da Dilma, seguem algumas
sugestões: Vitória da Mentira; do Terrorismo Eleitoral; da Ignomínia; da
Baixaria; do Diabo (que ela realmente fez).
O Lula afirmou que nós “não sabíamos do que eles seriam capazes
de fazer para elegê-la”. Prefiro continuar sem saber, pois daqui a quatro anos
voltaremos à Luta com as armas que sabemos usar e sempre usaremos, a verdade, a
honradez, a dignidade, a honestidade – virtudes que talvez não sejam
suficientes para vencer a batalha, mas, com certeza, eles não as conhecem.
Engenheiro Químico
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