UM DIA DE SOL NO
CASCATINHA
EM MARANGUAPE
Stênio Pimentel*
Princípio de 1980. Em um domingo de sol, mês de Janeiro, aproveitando as férias escolares, estávamos em Fortaleza: meu irmão Sérgio Pimentel e família (moravam em Campinas-SP), Lucinda Pimentel e filhos (moravam em Fortaleza), eu e família (moravamos no RJ). Sinval Pimentel (que morava no RJ) não participou, por incompatibilidade (não pode tirar férias).
Decidimos passar o domingo no Clube de Serra Cascatinha, em Maranguape, na companhia de nossos pais. Maranguape sempre foi nossa cidade preferida nas férias, desde nossa infância.
Chegamos ao local em caravana, por volta das 10 horas. Fizemos o reconhecimento do local, acompanhados das recordações... muitas travessuras, com certeza.
Em determinado momento, deparamo-nos com um outro grupo de visitantes, onde um deles, cidadão alto e forte, me cumprimentou alegremente e eu como dita a boa educação, respondi o cumprimento, mas não lembrava quem era.
Passados alguns segundos, que me pareceram intermináveis, ele percebeu que eu não o tinha reconhecido e disse-me: eu sou o Ayrton, pai do Reginaldo Vasconcelos, seu colega do BEC.
Foi como se um fardo de 100 quilos tivesse saído dos meus ombros. Imediatamente a conversa tomou o rumo certo e eu perguntei pelo Reginaldo, que não fazia parte do grupo, na ocasião.
Tudo o que narrei até o momento seria um fato corriqueiro, em um dia comum. Mas acontece que mesmo depois de 41 anos do ocorrido, eis que nosso prezado Reginaldo posta um texto, acompanhado de uma foto dele e do seu querido Pai, Ayrton Vasconcelos.
Aquilo mexeu comigo, porque me fez lembrar exatamente daquele encontro onde nossas famílias se encontraram e, para minha tristeza, foi a última vez que eu vi o Ayrtão, e também que nossa família se reuniu. Emocionei-me... acreditem!
O dia dos pais, desde o dia que perdi o meu, passou a ser um dia triste.
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