sexta-feira, 18 de junho de 2021

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (17.06.2021)

REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(17.06.2021)

   


PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta quinta-feira, que teve duração de uma hora e meia, 10 acadêmicos. Compareceram ao grupo o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Agrônomo e Pesquisador Luiz Rego Filho, o Poeta e Agrônomo Paulo Ximenes.

Compareceram ainda o Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel, o Especialista em Direito Penal Edmar Santos, o Médico, Teólogo, filósofo e Latinista Pedro Araújo, o Procurador Federal Edmar Ribeiro.

Estiveram presentes também o Físico e Professor Wagner Coelho, Agente Comercial Dennis Vasconcelos e o Marchand Sávio Queiroz Costa – que apareceu incialmente na tela com sua imagem invertida, propositadamente, conforme registramos no mosaico fotográfico, para pontuar que, para ele, no momento, "o mundo está de cabeça para baixo".


 
TEMA DE ABERTURA

O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos deflagrando o debate sobre quem serão os candidatos ao título de Destaque Cearense 2021, a ser outorgado pela ACLJ em dezembro vindouro, bem como a eleição da Palavra do Ano  aquele termo mais marcante dentre os mais repetidos pelos brasileiros e pelas mídias nacionais no período. Apresentou as suas sugestões pessoais, que submeteu aos demais participantes da reunião. 


ASSUNTOS ABORDADOS

Paulo Ximenes especulou sobre a questão dos critérios do bom-gosto, e a sua relatividade, diante da premissa de que o gosto pessoal não se discute.

A propósito do tema, Reginaldo referiu a trecho de seu livro "Eutimia", que em seu capitulo "A Estética e a Diferença" aborda o assunto do bom-gosto, abaixo citado:


 "Dizer assim parece significar que o bom-gosto seja um mito. Não. O bom-gosto existe, sim, devendo ser perseguido e cultuado. As expressões do bom-gosto são aquelas que nascem da espontânea expansão da natureza – genuínas, originais, honestas, frutos do melhor estro e da elaboração mais apurada.

A criação bem inspirada, a tradição verdadeira, a límpida efusão do espírito humano, a paciente depuração da arte, o desiderato honesto e persistente de aproximar a perfeição, essas são as virtudes que produzem e marcam todas as coisas de bom-gosto. O cancioneiro de raiz e a música erudita são exemplos de bom-gosto, abrangendo os extremos – do muito singelo ao muito complexo. É de bom gosto o que é nobre e raro, o que é original e puro, o que é criativo e autêntico.

O bom vinho, a boa música, a boa mesa, o bom figurino, os bons hábitos, tudo isso nasce do interesse humano de se aprimorar e de bem servir à obra humana. São elementos do bom-gosto. A grosseria, a bestialidade, a cupidez, a imitação fraudulenta, o intuito de produzir em massa com o objetivo maior de corromper a  cultura e mercantilizar falsos valores, esses são os grandes móveis do mau-gosto".



Em seguida, por provocação de Pedro Araújo, se abordou o tema da maturidade, cada idade nova representando um aprendizado, trazendo a necessidade de uma atitude especial diante da sociedade e da família. 

Que, embora a legislação atual imponha tratamento especial à pessoa idosa, o preconceito contra ela subsiste no mundo civilizado, enquanto para os povos primitivos os velhos eram tratados como a grande reserva de sabedoria, objeto de respeito e detentores de grande autoridade, compondo conselhos de anciãos.    

PERFORMANCES LITERÁRIAS

Edmar Ribeiro contou um episódio de sua infância no Acre, onde nasceu, e a propósito, declamou um poema  de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.




Dennis, por seu turno, leu um texto seu, com uma interessante reflexão sobre o amor sereno, a paixão romântica, o furor erótico.



Finalmente, Pedro Araújo disse esse poema telúrico, do grande Padre Antônio Tomás.

  



    DEDICATÓRIA

A sessão virtual da ACLJ realizada nesta quinta-feira, dia 17 de junho, foi dedicada ao dramaturgo cearense Haroldo Serra, do qual neste dia 16 de junho se registrou o aniversário de dois anos de sua morte . Ele faleceu aos 84 anos, em 16 de junho de 2019, deixando como seu continuador nas artes cênicas o filho Hiroldo Serra.


 

Haroldo, ao lado de sua mulher Hiramisa, foi o maior nome contemporâneo do teatro local, movimentando a nossa dramaturgia à frente da "Comédia Cearense", grupo que criou e que durante muitas décadas montou a opereta "A Valsa Proibida", obra musical de Paurillo Barroso, com diálogos de Silvano Serra, pai do confrade Stênio Pimentel – peça que a cada ano lotava o Teatro José de Alencar. 

 

   

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