REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(17.06.2021)
PARTICIPANTES
Estiveram reunidos na conferência virtual desta quinta-feira, que teve duração de uma hora e meia, 10 acadêmicos. Compareceram ao grupo o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Agrônomo e Pesquisador Luiz Rego Filho, o Poeta e Agrônomo Paulo Ximenes.
Compareceram ainda o Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel, o Especialista em Direito Penal Edmar Santos, o Médico, Teólogo, filósofo e Latinista Pedro Araújo, o Procurador Federal Edmar Ribeiro.
Estiveram presentes também o Físico e Professor Wagner Coelho, Agente Comercial Dennis Vasconcelos e o Marchand Sávio Queiroz Costa – que apareceu incialmente na tela com sua imagem invertida, propositadamente, conforme registramos no mosaico fotográfico, para pontuar que, para ele, no momento, "o mundo está de cabeça para baixo".
O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos deflagrando o debate sobre quem serão os candidatos ao título de Destaque Cearense 2021, a ser outorgado pela ACLJ em dezembro vindouro, bem como a eleição da Palavra do Ano – aquele termo mais marcante dentre os mais repetidos pelos brasileiros e pelas mídias nacionais no período. Apresentou as suas sugestões pessoais, que submeteu aos demais participantes da reunião.
ASSUNTOS ABORDADOS
Paulo Ximenes especulou sobre a questão dos critérios do bom-gosto, e a sua relatividade, diante da premissa de que o gosto pessoal não se discute.
A propósito do tema, Reginaldo referiu a trecho de seu livro "Eutimia", que em seu capitulo "A Estética e a Diferença" aborda o assunto do bom-gosto, abaixo citado:
"Dizer assim parece significar que o bom-gosto seja um mito. Não. O bom-gosto existe, sim, devendo ser perseguido e cultuado. As expressões do bom-gosto são aquelas que nascem da espontânea expansão da natureza – genuínas, originais, honestas, frutos do melhor estro e da elaboração mais apurada.
A criação bem inspirada, a tradição verdadeira, a límpida efusão do espírito humano, a paciente depuração da arte, o desiderato honesto e persistente de aproximar a perfeição, essas são as virtudes que produzem e marcam todas as coisas de bom-gosto. O cancioneiro de raiz e a música erudita são exemplos de bom-gosto, abrangendo os extremos – do muito singelo ao muito complexo. É de bom gosto o que é nobre e raro, o que é original e puro, o que é criativo e autêntico.
O bom vinho, a boa música, a boa mesa, o bom figurino, os bons hábitos, tudo isso nasce do interesse humano de se aprimorar e de bem servir à obra humana. São elementos do bom-gosto. A grosseria, a bestialidade, a cupidez, a imitação fraudulenta, o intuito de produzir em massa com o objetivo maior de corromper a cultura e mercantilizar falsos valores, esses são os grandes móveis do mau-gosto".
Em seguida, por provocação de Pedro Araújo, se abordou o tema da maturidade, cada idade nova representando um aprendizado, trazendo a necessidade de uma atitude especial diante da sociedade e da família.
Que, embora a legislação atual imponha tratamento especial à pessoa idosa, o preconceito contra ela subsiste no mundo civilizado, enquanto para os povos primitivos os velhos eram tratados como a grande reserva de sabedoria, objeto de respeito e detentores de grande autoridade, compondo conselhos de anciãos.
PERFORMANCES LITERÁRIAS
Edmar Ribeiro contou um episódio de sua infância no Acre, onde nasceu, e a propósito, declamou um poema de Alberto Caeiro, heterônimo de Fernando Pessoa.
Dennis, por seu turno, leu um texto seu, com uma interessante reflexão sobre o amor sereno, a paixão romântica, o furor erótico.
Finalmente, Pedro Araújo disse esse poema telúrico, do grande Padre Antônio Tomás.
DEDICATÓRIA
A sessão virtual da ACLJ realizada nesta quinta-feira, dia 17 de junho, foi dedicada ao dramaturgo cearense Haroldo Serra, do qual neste dia 16 de junho se registrou o aniversário de dois anos de sua morte . Ele faleceu aos 84 anos, em 16 de junho de 2019, deixando como seu continuador nas artes cênicas o filho Hiroldo Serra.
Haroldo, ao lado de sua mulher Hiramisa, foi o maior nome contemporâneo do teatro local, movimentando a nossa dramaturgia à frente da "Comédia Cearense", grupo que criou e que durante muitas décadas montou a opereta "A Valsa Proibida", obra musical de Paurillo Barroso, com diálogos de Silvano Serra, pai do confrade Stênio Pimentel – peça que a cada ano lotava o Teatro José de Alencar.
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