A VIDA
FLUI
Pierre
Nadie*
O rio não lamenta águas que céleres se vão. Elas correm rumo ao seu destino, irrigando as margens e dando condições ao rio de renovar-se, em cada momento, diferentemente de lagos.
Os lagos ficam no aguardo de chuvas generosas e sujeitam-se a todo lixo que lhes cai dentro. Enquanto o rio renasce, constante, na sua dinâmica, o lago fica à mercê da benevolência das chuvas, que revolvem sua sujeira, porém a mantêm.
Vidas são semelhantes ao rio, não estacionam, seguem sempre. No entanto, pensamentos podem afogar-se em lagos, ao alvedrio de ventos e chuvas, que conseguem apenas chacoalhar-lhes a água e reforçar a fixidez dos pensamentos.
A vida navega, independente de
tempestades e tufões, no entanto, o leme, que orienta sua direção, prende-se à
dinâmica da liderança dos pensamentos. Se fluem qual curso do rio, a navegação
vai, no equilíbrio do balanço da vida, rumo ao objetivo definido.
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