terça-feira, 3 de dezembro de 2019

RESENHA - Comentários acerca do Livro EU MAIS FELIZ (SM)

EU MAIS FELIZ  
Reflexões para uma Vida Melhor,
do Pe. Ezequiel dal Pozzo
Socorro Mesquita*

Ser feliz é o ideal de todos. A felicidade está diretamente ligada às nossas escolhas, constituindo-se no decorrer da existência de cada pessoa. É um exercício no qual vamos eliminando o que nos prejudica e acrescendo valores com os quais nos beneficiamos. Podemos, por exemplo, substituir o medo pela confiança, se o encararmos. Igualmente, é possível manter a mente sempre tranquila, mesmo sob os maiores desafios.

O autor indaga: – A felicidade pode ser duradoura?

Decerto, constitui uma conquista permanente, consequência do nosso modo de agir. Como resultante de uma situação recorrente, não se improvisa. É a colheita daquilo que semeamos.

Felizes são as pessoas que não têm sofrimentos, obstáculos, desafios ou problemas. Felizes são, exatamente, aquelas que arrostam as dificuldades com serenidade, têm atitudes calmas, vivem com leveza e veem a vida fluir em tudo o que as cerca.

Existe, porém, algo maior em nós: somos capazes de Deus, isso está na nossa essência, pois há um desejo de plenitude. A religião nos possibilita preencher essa falta.

A experiência religiosa elimina, entretanto, essa lacuna, esse vazio?

Não elimina, mas acomoda, acalma e mantém viva a esperança, possibilitando que convivamos com ela.

Precisamos viver o hoje, o aqui e o agora de modo integrado; situar a felicidade no futuro é perda de tempo. Evidentemente, precisamos alimentar nossos sonhos, mas também aproveitar o presente.

De tal maneira, ser feliz é algo sólido, estruturado, que vai muito além do momentâneo; é um caminho de superação, uma prática permanente, que desemboca em maturidade. A felicidade duradoura está na aceitação do que somos, sem jamais nos compararmos com os outros.

A verdadeira felicidade ocorre na consonância do amor de Deus, pois Este é que se dá e o ser humano é que O acolhe; a fé nos auxilia para obtenção da paz interior. “Eu me acalmo à medida que sinto Deus em todas as coisas, como origem, fonte de todo ser”.

Para Santo Agostinho, “Nosso coração estará sempre inquieto, enquanto não repousar nAquele que o criou, que é a fonte da vida, do amor e de todo o ser”.

A religião busca mostrar o caminho da felicidade duradoura, e não a imediata.

Para que a ventura, a bem-aventurança, seja permanente, o ser humano precisa viver de acordo com sua natureza e sintonizado com Deus.

“É feliz quem a Deus se confia”.

*Maria do Socorro Lima Mesquita é bacharela em Eventos e teóloga, pela Faculdade Católica de Fortaleza (Seminário da Prainha). Autora do livro Francisco de Assis – Alegria e Santidade na Pobreza.

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