EU MAIS FELIZ
Reflexões para uma Vida Melhor,
do Pe. Ezequiel dal Pozzo
Socorro Mesquita*
Ser feliz
é o ideal de todos. A felicidade está diretamente ligada às nossas escolhas,
constituindo-se no decorrer da existência de cada pessoa. É um exercício no
qual vamos eliminando o que nos prejudica e acrescendo valores com os quais nos
beneficiamos. Podemos, por exemplo, substituir o medo pela confiança, se o
encararmos. Igualmente, é possível manter a mente sempre tranquila, mesmo sob
os maiores desafios.
Decerto, constitui
uma conquista permanente, consequência do nosso modo de agir. Como resultante
de uma situação recorrente, não se improvisa. É a colheita daquilo que
semeamos.
Felizes são as
pessoas que não têm sofrimentos, obstáculos, desafios ou problemas. Felizes
são, exatamente, aquelas que arrostam as dificuldades com serenidade, têm
atitudes calmas, vivem com leveza e veem a vida fluir em tudo o que as cerca.
Existe, porém, algo
maior em nós: somos capazes de Deus, isso está na nossa essência, pois há um
desejo de plenitude. A religião nos possibilita preencher essa falta.
A experiência
religiosa elimina, entretanto, essa lacuna, esse vazio?
Não elimina, mas
acomoda, acalma e mantém viva a esperança, possibilitando que convivamos com
ela.
Precisamos viver o
hoje, o aqui e o agora de modo integrado; situar a felicidade no futuro é perda
de tempo. Evidentemente, precisamos alimentar nossos sonhos, mas também
aproveitar o presente.
De tal maneira, ser
feliz é algo sólido, estruturado, que vai muito além do momentâneo; é um
caminho de superação, uma prática permanente, que desemboca em maturidade. A
felicidade duradoura está na aceitação do que somos, sem jamais nos compararmos
com os outros.
A verdadeira
felicidade ocorre na consonância do amor de Deus, pois Este é que se dá e o ser
humano é que O acolhe; a fé nos auxilia para obtenção da paz interior. “Eu me
acalmo à medida que sinto Deus em todas as coisas, como origem, fonte de todo
ser”.
Para Santo
Agostinho, “Nosso coração estará sempre inquieto, enquanto não repousar nAquele
que o criou, que é a fonte da vida, do amor e de todo o ser”.
A religião busca
mostrar o caminho da felicidade duradoura, e não a imediata.
Para que a ventura,
a bem-aventurança, seja permanente, o ser humano precisa viver de acordo com
sua natureza e sintonizado com Deus.
“É feliz quem a Deus
se confia”.
*Maria do Socorro Lima Mesquita é bacharela em Eventos e teóloga,
pela Faculdade Católica de Fortaleza (Seminário da Prainha). Autora do livro Francisco
de Assis – Alegria e Santidade na Pobreza.
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