sexta-feira, 27 de dezembro de 2019

CRÔNICA - Pensamento (ES)


PENSAMENTO
Edmar Santos*


Um ano que se finda, outro prestes a iniciar. Tempos festivos, mas também, espera-se, de muita reflexão.

Quando queremos externar nosso pensamento, geralmente usamos a fala; esta, com sons “formados por um conjunto de letras”: as palavras.

Sementes são “óvulos maduros” que vão gerar outros seres.

Que importa isso? Já explico: É que eu estava lendo a bíblia cristã, na versão de Peterson (2011), e em seu prefácio li uma palavra composta que me chamou a atenção: “Palavras-sementes”. Fiquei absorto por um átimo de tempo.

Refletindo sobre essa formação e o sentido que ela carrega, me coloquei em um exercício de autocrítica: quantas sementes andei espalhando? E, mais importante: de que tipo?

Uma coisa é certa: sei que falei muito. Não é para menos! Como diria Gibran (1883-1931): As palavras são muito pobres e insuficientes para expressar os sentimentos íntimos do coração do homem”. Ele estava certo: sei que nem sempre falei o que queria; nem a metade disso.

Semeei muita coisa boa, já colhi bons trigos, quem sabe outros virão. Sei que também lancei sementes de joio por aí, e os que já colhi foram por merecer. Lição: não é que devamos semear menos, temos que escolher melhor as sementes que vêm do coração. “A gente colhe o que semeia”.

Em 2020 o tempo será de exercitar o aprendizado.

Feliz ano novo!


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