sexta-feira, 16 de agosto de 2013

RESENHA

DIRETO DA REDAÇÃO


O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a sexta pela TV Cidade, às 8:15h da manhã, apresentado pelos jornalistas e analistas sociais Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta sexta-feira, dia 16 de agosto, tratou dos temas mais atuais e momentosos.

A dupla de comentaristas tem se posicionado vigorosamente a favor da construção do viaduto projetado para o entroncamento das avenidas Antonio Sales e Engenheiro Santana Júnior, no Coco, em Fortaleza, obra controvertida na sociedade cearense.

Consequentemente, os dois são valentemente contra os manifestantes que querem impedir a obra, em defesa de uma faixa de floresta do parque, que precisa ser sacrificada pelo projeto, e que já foi em parte desmatada, ao longo guerra de liminares judiciais que embargam e que autorizam a obra a cada dia.

Por conta disso, ambos os entrevistados convidados para o programa da manhã de ontem, quinta-feira, não compareceram ao estúdio, pois estão entre os que censuram a construção do viaduto e certamente por isso preferiram não entrar no campo minado, na seara do “inimigo”.

De fato, o ambientalista sensato tem de admitir que a relação custo/benefício entre a perda de algumas árvores e a fluidez do trânsito em um dos pontos mais congestionados da Cidade, sensatamente recomenda que a obra seja feita.

O Prof. Afrânio Craveiro informa pela Internet os cálculos feitos pelo Parque de Desenvolvimento Tecnológico (Padetec), da Universidade Federal do Ceará, concluindo que o nível de poluição causada pela grande quantidade de veículos à espera do semáforo, naquele entroncamento, durante todo o dia, está muito acima da capacidade de regeneração ambiental das árvores que serão sacrificadas.

Ademais, aquele parque, nas margens da avenida, não tem árvores da flora nativa, mas quase que somente castanholeiras, ou “amendoeiras”, como se as prefere chamar em outros pontos do País. Cartanholeiras são plantas exóticas, oriundas da Indonésia, aliás, muito recentes no Estado.

As primeiras castanholeiras entre nós foram plantadas pelo Exército em torno do Campo de futebol Eudoro Correia, do Colégio Militar de Fortaleza, pelos anos 50. Depois se plantaram outras pela Praia de Iracema, antes que ela se tornasse preferida para a arborização pública da Cidade, substituindo oitis e fícus-benjamins.

O blog Curinga de Búzios registrou um problema semelhante no Rio de Janeiro, em julho de 2010, nesta matéria abaixo transcrita:

“Nessa semana em Búzios houve uma manifestação popular  pacifica contra a retirada de amendoeiras cinqüentenárias que estavam plantadas na Praia de Geribá. A retirada dos exemplares se deu para que pudesse ser realizada a fase final do projeto de reurbanização e revitalização do “Canto esquerdo de Geribá”, que se encontrava bem degradado. No lugar das amendoeiras a Prefeitura vai plantar espécies nativas como Pitangueiras, Ipê e até – muito bom – a Palmeira Geribá, que da nome à Praia. Os populares alegaram que as amendoeiras, alem de antigas, davam generosa sombra no verão. Este é um caso bem delicado que causa situações como essa em diversos lugares. As amendoeiras não são arvores nativas, vieram da Indonésia, mas se adaptaram muito bem ao Brasil. Essa adaptação fez com que elas fossem plantadas por inúmeras cidades de todo o pais, o que levou a fazerem parte da paisagem das cidades, por gerações.

O embate de ideias a respeito do viaduto e do corte das árvores tem suscitado muita controvérsia, e até situações conflituosas ente os defensores das duas teses antagônicas.

No programa de hoje o advogado e jornalista Alfredo Marques fez um forte desagravo contra declarações de seu xará, o vereador João Alfredo, líder do movimento contra o viaduto, o qual teria declarado pretensão de processá-lo por algum dos tipos de crimes contra a honra.

Alfredo Marques reiterou todas as  suas invectivas contra o vereador, desafiando-o a cumprir a ameaça de ação judicial.

Também se tratou do escandaloso atrito entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewadowski, do Supremo Tribunal Federal, por ocasião do julgamento dos embargos de declaração interpostos pelo Bispo Rodrigues, um dos condenados no “processo do mensalão”, na tarde de ontem, 15 de agosto.

Lewandowski, que desde o princípio vem procurando minorar as penas dos figurões incriminados nesse processo, mesmo que às vezes sacrificando a arraia miúda, e que já vinha irritando a todos com longos e tautológicos votos escritos, deu efeitos infringentes aos referidos embargos, votando pela redução da pena a que Rodrigues foi condenado.


Barbosa reagiu violentamente contra o colega, insinuando que ele estivesse fazendo “chicana”, e que não respeitasse aquele pretório multissecular. Alfredo Marques o criticou, com muita razão, porque a mais alta corte exige que se cumpram as suas liturgias. 

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