No Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a
sexta pela TV Cidade, às 8:15 da manhã, apresentado pelos analistas sociais
Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta terça-feira,
dia 27 de novembro, ausente o segundo jornalista por motivo de viagem, Alfredo
Marques entrevistou o professor e sindicalista Marcelo Santos Marques, seu
irmão, que está concorrendo ao cargo de reitor do Instituto
Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE), a antiga Escola
Técnica, que também já foi CEFET.
PINGA-FOGO
Alfredo iniciou o programa indignado com a escalda da violência
em Fortaleza, afirmando que “a única coisa organizada no Ceará é o crime!”. E
completou: “Se eu fosse o Secretário de Segurança pedia demissão, e se eu fosse
o Governador eu o demitia”. Em seguida comentou os 200 processos contra
políticos brasileiros que aguardam julgamento no Supremo Tribunal Federal,
vários deles cearenses.
ENTREVISTA
Iniciando a entrevista, Alfredo perguntou a Marcelo a razão pela
qual ele decidiu concorrer à reitoria. O entrevistado disse que um mesmo grupo
permanece à frente da entidade há 20 anos, e que por isso mesmo falta espírito republicano
da instituição, onde cada vez mais impera o autoritarismo, e onde não existe
transparência.
O entrevistador perguntou ainda desde quando Marcelo tomou essa
decisão, o qual respondeu que a sua candidatura nasceu com o movimento grevista
do ano passado. Professores que ganham 3.500 reais no IFCE, ganham 6.500 na
UFC, pela mesma cadeira e a mesma carga de trabalho. Os reitores da oligarquia
Araripe nunca fizeram a progressão salarial.
“Quem poderá votar na eleição?” – perguntou Alfredo Marques. “Professores,
estudantes e técnicos administrativos, que tiveram apenas 11 dias de campanha
para tomarem conhecimento das propostas. E o candidato da situação não
participou de nenhum dos debates, a que compareceram todos os demais quatro
candidatos”.
Alfredo indagou sobre a data da eleição e a data da posse, que
serão o dia 28 deste mês e o dia 07 de janeiro, respectivamente. Marcelo
acrescentou que está havendo uso da máquina em prol do candidato da situação,
de modo generalizado, e que há uma usina de boatos. “Por exemplo, espalharam que
haverá greve todo dia se eu for eleito, o que é um absurdo, pois reitor não faz
greve, mas a evita, atendendo aos anseios da comunidade acadêmica”.
Por fim, Alfredo perguntou quais são as propostas de Marcelo.
Ele pretende fazer um diagnóstico da instituição no primeiro momento, para
estabelecer uma cultura de participação da comunidade, com orçamentos publicizados
pela Internet, enfim, um modelo administrativo todo novo. Hoje, a reitoria
exerce uma severa censura sobre o site, tirando do ar qualquer debate que fira questões
que afetem os seus interesses.
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