sexta-feira, 2 de novembro de 2012

RESENHA - DIRETO DA REDAÇÃO





O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a sexta pela TV Cidade, às 8:15 da manhã, apresentado pelos analistas sociais Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta sexta-feira, dia 02 de novembro, ausente o primeiro jornalista por motivo de viagem, entrevistou o arquiteto e urbanista Jaime Leitão, sobre os novos rumos da Prefeitura de Fortaleza.  

SESSÃO PINGA-FOGO

Freitas Júnior iniciou o primeiro bloco do programa registrando que o prefeito eleito de Fortaleza, Roberto Cláudio, somente em dezembro anunciará sua equipe de governo. Espera que a Prefeita Luizianne Lins se disponha a iniciar a transição.    

“Mas, se a coligação perdedora ainda sequer admitiu a derrota, será difícil fazer a transição” – considera ele. “Tudo indica que neste momento o PT está enfrentando uma grave crise de identidade. Luizianne Lins corre o risco de ser desbancada da Presidência do PT local, como aconteceu recentemente com Sérgio Novais, defenestrado da Presidência do  PSB, de forma democrática, mas por influência do Governador Cid Gomes".

ENTREVISTA

Freitas Júnior abre a entrevista indagando ao arquiteto Jaime Leitão sobre quais seriam os maiores desafios urbanísticos que o novo prefeito vai enfrentar.

“Todos fazemos votos de que a cidade tenha uma boa recuperação” – respondeu ele. “A cidade está muito maltratada, pagando o preço pela extinção do IPLAN, pelo prefeito Juraci Magalhães, que administrava sem planejamento científico. A indústria automobilística nacional tem batido recordes de produção, e a malha urbana das cidades não tem condição de suportar essa demanda”.


“Você acredita na solução do rodízio de placas?” – pergunta Freitas Júnior. “Não funcionou em São Paulo, onde somente serviu para aquecer as vendas de automóveis. As pessoas de classe média passaram a comprar um segundo carro com placas de terminação diferente, e continuaram a circular. É preciso uma maneira eficiente de constranger o uso do carro individual. Além disso, tirar os carros de cima das calçadas, que devem se tornar passeios largos, que facilitem caminhar. É preciso ter vontade política para isso”.  

“O que você diz do mobiliário urbano de Fortaleza?” – indaga o entrevistador. Jaime Leitão aponta descaso com as praças, a falta de banheiros públicos, a ausência de arborização dos logradouros. “A Prefeitura precisaria de um eficiente escritório de planejamento e de um competente órgão para fiscalizar a arrecadação, como fez Jaime Lerner, em Curitiba”.

O urbanista aponta o descalabro que é a Av. Washington Soares, destituída de verde público, e enfeada por outdoors. Ele nota que a Unifor, com seus jardins e canteiros, é como um oásis, pois todo o resto daquela avenida é um deserto.

O entrevistado referiu ainda à titulação irregular dos terrenos destinados a praças públicas, e cita o problema do Campo do América: “Qualquer prefeito com um mínimo de sensibilidade teria resolvido aquilo, que continua sendo um areal, no centro da Aldeota.”

Jaime Leitão ainda lamentou o esvaziamento da Praia de Iracema, que foi o nascedouro da cidade. Segundo ele, perdeu-se a grande oportunidade de fazer o Centro de Eventos, não na Washington Soares, mas no Porto da Draga, vizinho ao futuro aquário marinho, como ocorre em Lisboa. Diz ele que ainda resta a solução de construir ali um segundo centro de convenções.


Sobre o projeto de revitalização da Beira-Mar, ele diz que o conhece e que o considera muito bom. Ressente-se apenas da falta da previsão de grandes estacionamentos naquela área.



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