quinta-feira, 1 de novembro de 2012

RESENHA - DIRETO DA REDAÇÃO




  
O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a sexta pela TV Cidade, às 8:15 da manhã, apresentado pelos analistas sociais Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta quinta-feira, dia 01 de novembro, ausente o primeiro jornalista por motivo de viagem, entrevistou o jornalista carioca Paulo Henrique Amorim, apresentador da Rede Record de Televisão.  

SESSÃO PINGA-FOGO

Freitas Júnior iniciou o primeiro bloco do programa registrando que o candidato do PT derrotado à Prefeitura de Fortaleza nas última eleições, Elmano de Freitas, convocou coletiva de imprensa para declarar que está reunindo provas de compra de votos por parte do seu adversário. Com isso pretende que a Justiça Eleitoral reverta o resultado do pleito.   

“É o jus esperneandi dos perdedores, que até nos concursos de miss se observa” – diz Freitas Júnior. “Caberia ao PT reconhecer a derrota, com toda a dignidade, desejar boa sorte ao vencedor Roberto Cláudio, e se preparar para fiscalizar sua gestão”.

De fato, ainda que demonstre um ou outro deslize eleitoral cometido por militantes do partido adversário, isso certamente não terá potencial para que Elmano consiga anular o resultado das eleições. Essa irresignação é ridícula e melancólica.

Melhor faz a Prefeita Luizianne Lins, a qual declara que vai trabalhar até o último dia de seu mandato, sem dar férias a nenhum dos secretários, e que vai ficar de olho em cada centavo dos recursos prefeiturais que serão repassados ao novo gestor.


ENTREVISTA

Paulo Cesar Amorim, notório simpatizante do PT e crítico ferrenho da Rede Globo, fez questão de iniciar a entrevista com o seu bordão tradicional: “Olá! Tudo bem?”. Segundo ele, aprendeu com o seu ex-chefe José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, que “televisão é bordão”.

Perguntado sobre o motivo de estar em Fortaleza, Amorim respondeu que ninguém precisa de uma razão especial para visitar esta cidade. Louvou o clima, as praias, a culinária, citando o restaurante do Faustino, onde se delicia com frutos do mar e com sorvete de rapadura.

Quis evitar emitir opinião sobre as eleições em Fortaleza, mas se saiu com um elogio ao PSB “um partido em franca ascensão, que tem dois jovens valorosos como o cearense Cid Gomes e o pernambucano Eduardo Campos, e que persegue a meta de reduzir a pobreza”.

Sobre São Paulo, Amorim disse que a cidade em que vive deu uma grande demonstração de competência política – não porque elegeu um poste, pois Fernando Addad, segundo ele, é um grande administrador.

Provocado pelo entrevistador, Paulo Henrique Amorim minimizou as falhas da administração de Addad no Ministério da Educação, e justificou a derrota do PT em Fortaleza dizendo que Luizianne Lins pertence a uma ala minoritária do partido. Ademais, segundo entende, “o eleitor não quer saber a que partido pertence quem encanou a rua”, para significar que o importante é a eficiência administrativa das pessoas.

Quanto à possibilidade de uma chapa formada por Eduardo Campos e Aécio Neves à Presidência da República, para a sucessão da Presidente Dilma, Amorim exemplificou com as palavras do falecido José Alencar, então vice-presidente da República.

Amorim teria comentado com Alencar, ao entrevistá-lo na saída do hospital, após uma de suas muitas internações, que ele e o Presidente Lula faziam uma dupla perfeita, que se comunicava em silêncio, como se fossem Pelé e Coutinho, na seleção brasileira de 1959. Então, segundo Amorim, José Alencar obtemperou: “Mas é preciso definir quem é o Pelé, e quem é o Coutinho”.

Do mesmo modo, entende Amorim que é preciso definir quem seria Pelé, e quem seria Coutinho, entre Eduardo Campos e Aécio Neves. Nenhum deles vai aceitar ser vice do outro, e por isso jamais poderão compor uma mesma chapa.

Consultado sobre o controle da mídia, defendido pelo petista cearense José Guimarães, Paulo Henrique Amorim defendeu a tese de que “controle da mídia” não significa censura jornalística. Exemplificou, lembrando que a maior democracia do mundo, os EUA, impõe limites à expansão empresarial dos grupos jornalísticos. Segundo ele, a Rede Globo não poderia existir naquele país. É um absurdo que a cada dois reais investidos nesse setor, no Brasil, trinta e cinco centavos sejam de uma mesma família – a família Marinho. “Por isso, todo mundo tem medo da Globo”.

“Você tem medo da Globo?” – perguntou então e entrevistador. “Eu não!” – foi a resposta enfática. “Pergunte por que eu saí da Globo? – provocou Amorim. “Eu saí da Globo para ganhar o dobro. E não voltaria nem para ganhar o dobro”.

Freitas Júnior indagou então se a expressão “Partido da Imprensa Golpista”, com a sigla “PIG”, havia sido criada por ele. Amorim respondeu que o pai da criança seria o deputado do PT de Pernambuco, Fernando Ferro, e que ele seria apenas o pai adotivo. Diz que esse partido não seria apenas contra os governos do PT, mas contra qualquer partido que esteja no poder.

Finalizou a entrevista dizendo que a Presidente Dilma está muito bem avaliada nas pesquisas – e embora ele não acredite muito no IBOPE,         acredita que ela esteja mesmo fazendo uma boa gestão. Freitas quis saber então por que razão ela ainda não encaminhou esse projeto de controle da mídia, defendido pelo PT. “Porque o Ministro das Comunicações (Paulo Bernardo) dorme muito. Tanto que o têm chamado de Paulo Hibernando”.

Nenhum comentário:

Postar um comentário