O Direto da Redação, programa que vai ao ar de segunda a
sexta pela TV Cidade, às 8:15 da manhã, apresentado pelos analistas sociais
Alfredo Marques e Freitas Júnior, membros da ACLJ, na edição desta terça-feira,
dia 06 de novembro, abordaram temas mais atuais do noticiário cearense de
mundial, e entrevistaram o empresário Alexandre Pereira, Presidente do Partido Popular
Socialista (PPS) no Ceará, companheiro de chapa de Heitor Ferrer nas últimas
eleições municipais.
PINGA-FOGO
Freitas Júnior iniciou o primeiro bloco do programa registrando
que o Deputado Federal petista José Guimarães pretende discutir a relação de
seu partido com o PSB local. Ele pretende retirar Luizianne Lins da presidência
do PT no Ceará.
A respeito desse fato, Alfredo Marques pontuou que isso já pode
significar barganha de cargos na administração estadual. Freitas considerou que
Guimarães talvez esteja capitulando à vitória do PSB – “e está sendo
intermediário no entreguismo. A noiva está pronta. Só falta dizer qual é o dote”
– emendou Alfredo.
Freitas relembrou que é preciso ficar atento às prefeituras onde
a situação não se reelegeu, para evitar o desmonte do patrimônio público
municipal. A propósito, Alfredo Marques felicitou o vereador Acrísio Sena,
atual presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, que tem se comportado como
um estadista. Ele recebeu o prefeito eleito Roberto Cláudio para discutir o
orçamento.
ENTREVISTA
Freitas Júnior perguntou a Alexandre Pereira se ele ficou
muito aborrecido com o erro das pesquisas, que teriam prejudicado a sua chapa
no primeiro turno das últimas eleições municipais.
Ele disse que todos ficaram frustrados, mas que ele se rendeu ao
resultado das urnas. Acrescentou que como não concordava com a administração
Luizianne Lins, ou ficaria neutro ou aderia à candidatura de Roberto Cláudio no
segundo turno - e foi isto que ele fez. E reclamou que o PT teria se
aproveitado de declarações descontextualizadas do seu correligionário Heitor
Ferrer, para utilizá-las na campanha do segundo turno, dando a entender que
este os estivesse apoiando.
Perguntado se ele acredita que Roberto Cláudio será independente no Governo Municipal, em relação ao Governo do Estado, Alexandre revelou que o
próprio Governador lhe garantiu que não vai interferir na Prefeitura – “Eu só
quero que ele não me atrapalhe” – lhe teria dito Cid Gomes. “Concentração de
poder nós teríamos se o Elmano de Freitas fosse eleito, pois todas as forças
iriam convergir para eleger a Luizianne ao Governo Estadual” – acrescentou Alexandre
Pereira.
Alfredo Marques indagou ao entrevistado sobre a contrapartida
que Roberto Cláudio lhe daria, ao que ele respondeu: “Nós não exigimos nenhum
cargo em troca do nosso apoio. Mas nós esperamos participar do Governo”.
Freitas Júnior lembrou que a diferença foi tão pequena que os apoios recebidos
foram fundamentais para a vitória de Roberto Cláudio.
Consultado sobre a possibilidade de coligação do PPS com o PT
nacional, Alexandre Pereira afirmou que é mais liberal do que Roberto Freire, presidente
do seu partido, que não concorda com nada que o PT faz. Mas diz que, mesmo
assim, “com o PT nós não devemos caminhar. Poderemos fechar com a Marina Silva,
com o Eduardo Campos ou com o Aécio Neves.
Alfredo lembrou que Aécio Neves talvez não seja a melhor opção,
porque ele não vai conseguir escapar do Mensalão do PSDB – com que concordou o
entrevistado.
Sobre o próximo cargo a que vai se candidatar Alexandre Pereira
diz que ainda não sabe. Mas diz que em outras campanhas já recebeu quinhentos
mil votos no Ceará, cento e cinquenta mil em Fortaleza, de modo que acredita
que tenha um bom patrimônio eleitoral.
Alfredo Marques quis saber o que tem de comunista no PPS. “Nós
entendemos que não há crescimento econômico no comunismo, de modo que
divergimos da esquerda tradicional. Alfredo Marques insiste que em virtude da
falta de ideologia, nós estamos entregues ao culto à personalidade.
“Eu fui o primeiro empresário cearense a colocar um adesivo do
Lula no carro, de modo que me sinto muito à vontade para criticar. Houve muitas
coisas boas no governo petista, mas a prática administrativa foi nefasta.” –
concluiu Alexandre.
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