quarta-feira, 21 de novembro de 2012

CRÔNICA


Desencontros


A música que tocava era das piores, mas como não ouvir?

Meu celular descarregou na hora do “alô”, silenciando minha voz rouca.

A comida chegou antes da fome... E foi embora.

Perdi o que queria encontrar, encontrei o que queria esquecer.

O estômago vazio trai a concentração até que a gente se acostume com ele assim.

Entrei numa contra mão e dei de frente com a Lua. “Agora não”, pensei. “Mais tarde, talvez”.

O estômago vazio parece uma imensa cratera.

Enfim, hora de dormir. Sonhos desconexos completam os desencontros do dia.

Destempero de vida!

Amanheceu. É outro dia. Amém!


Pedro Altino Farias, em 06/11/2012

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