VISÃO POLÍTICA - A PROTEÇÃO DOS ANIMAIS

Em 1968 foi produzido nos Estados Unidos um filme de ficção científica denominado O Planeta dos Macacos, baseado em livro homônimo do escritor francês Pierre Boulle.

O enredo trata da experiência de um astronauta que acidentalmente viaja no tempo e ao voltar à Terra encontra o planeta no futuro, dominado por macacos falantes, que escravizam a espécie humana, a qual perdera a fonação. Essa película deu origem a uma longa série, tamanho o sucesso que alcançou.

Como naquela época a percepção das questões ambientais era ainda rudimentar, e o mundo estava às voltas com o perigo de um conflito atômico, se interpretou que o filme pretendia apenas criticar a chamada “Guerra Fria”, entre os Estados Unidos e a União Soviética, que ameaçava o mundo com o holocausto nuclear.

Mas a grande metáfora do filme é a inversão de papeis entre homens e animais, para denunciar a opressão da nossa espécie sobre as outras, que não reagem porque são mudas e não comunicam sentimentos.

A crueldade praticada contra os bichos foi o tema do programa Visão Política desta semana, de que participou como convidada especial a Dra. Geuza Leitão, presidente da Uipa, a União Internacional Protetora dos Animais, tendo como debatedor o Prof. Rui Martinho Rodrigues.

O debate desta edição do programa esgotou inteiramente essa temática, analisando toda a legislação pertinente, abordando principalmente o problema da desprezada exigência legal da pistola pneumática para o abate sumário dos animais nos matadouros, em vez da tradicional marreta, que provoca sofrimento.

Também se tratou da questão das vaquejadas e rodeios, que a Uipa quer proibir, a exemplo do que ocorreu com as touradas na região da Catalunha, das brigas de galos e cães, da exploração de integrantes da fauna exótica nos circos, do uso de animais vivos em dolorosas experiências científicas.

Essa edição do programa Visão Política, do jornalista Arnaldo Santos,  está no ar pela FGF TV, Canal Universitário 14 da NET, interinamente sob o comando de Reginaldo Vasconcelos.