REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(01.07.2021)
PARTICIPANTES
Estiveram reunidos na conferência virtual desta quinta-feira, que teve duração de uma hora e meia, dez acadêmicos. Compareceram ao grupo o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Bacharel em Direito e Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel, o Procurador Federal Edmar Ribeiro – e como convidado especial o Advogado Betoven Rodrigues de Oliveira.
Estiveram presentes também o o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos, o Juiz de Direito Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, o Professor, Filósofo, Teólogo e Latinista Pedro Araújo, o Marchand Sávio Queiroz Costa, o Agente Comercial Internacional Dennis Vasconcelos e o Especialista em Segurança Pública e em Direito Penal Edmar Santos.
O Presidente Reginaldo Vasconcelos abriu os trabalhos comentando a polarização político-ideológica que vive a Nação Brasileira atualmente, dividindo amigos, colegas, parentes – e confrades, no caso da nossa Academia – quase todos imbuídos no melhor espírito público, querendo defender a melhor solução para os destinos do País – parte deles absolutamente equivocada, a outra parte lucidamente consciente de que detém o melhor desiderato para o futuro do Brasil.
Evocaram-se então os dias em que estivemos ideologicamente divididos no passado, na década de 60 do Século XX, em que grandes patriotas lutaram por implantar no País o regime comunista, que se afigurava mundo afora como a forma mais justa de organização da sociedade. Muitos desses sofreram com a repressão violenta que sobreveio durante o regime militar, sem lograrem sucesso na realização do seu ideal.
Aluísio Gurgel lembrou que, pelo falecimento, os mais antigos deles não chegaram a assistir ao malogro da experiência soviética, à queda do Muro de Berlim, à debacle econômica da Ilha de Cuba, cenários do "socialismo real" que sustentavam o seu grande paradigma.
Para aqueles idealistas mais antigos, presenciar tudo isso teria sido a morte em vida. Nomes como Carlos Prestes, Jorge Amado, Ferreira Gullar, Graciliano Ramos, Oscar Niemayer, Florestan Fernandes.
Entre nós os cearenses Pontes Neto, Blanchard Girão, Olavo Oliveira, Aymoré de Paula e Souza, Tarcísio Leitão, Alcides Sales, Aluísio Gurgel do Amaral – pai e homônimo do nosso confrade, o qual lembrou de ter assistindo a afetuosos encontros casuais de seu genitor com o Professor Filgueira Sampaio e com o poeta Patativa do Assaré – dentre outros paredros do socialismo do seu tempo.
PERFORMANCES LITERÁRIAS
Na sequência ao tema de abertura, Edmar Ribeiro leu um texto do livro "Antologia Ilustrada dos Cantadores", de autoria de Francisco Linhares Otacílio, e em seguida uma bela poesia de João Cabral de Melo Neto.
O convidado especial Betoven Oliveira, rememorando o pai poeta, Seu Berto, recitou trecho da letra de uma música jocosa que este compôs – e prometeu trazer dele outros bons versos, no próximo encontro.
Por seu turno, Pedro Araújo fez a leitura de uma crônica de sua autoria, "O Amor", do seu livro "Traços Flutuantes", lançado em 1986. Também leu texto poético de sua lavra Dennis Vasconcelos, sob o título "Eu, a Noite e Vinho". Reginaldo trouxe duas pequenas crônica de seu livro "O Passado Não Passa", intituladas, "Luz do Dia" e "Noite Negra".
Como este último texto faz uma ode à "lamparina", Sávio, mestre da cenografia digital, que até então se apresentava no vídeo com uma biblioteca de fundo, apareceu com a imagem de um velho candeeiro, para ilustrar o tema em liça.
Finalmente, Aluísio Gurgel surpreendeu Reginaldo com a leitura de uma de suas prosas poéticas – "Ágape" – em que este faz uma analogia sensual entre uma ceia erótica e um banquete gastronômico – texto que se reproduz abaixo.
Depois disso, inspirado pela lúbrica leitura, na magnífica califasia teatral do Aluísio, o sempre gozador e galhofeiro Sávio Queiroz mudou o cenário atrás de si, apresentando no fundo a imagem de uma sílfide moderna, de modo a aquecer, embelezar e melhor adequar a decoração do ambiente digital.
DEDICATÓRIA
A sessão virtual da ACLJ realizada nesta quinta-feira, dia 01 de julho, foi dedicada a duas categorias profissionais que, embora socialmente modestas, têm grande importância na logística da economia brasileira, que agora volta a crescer de forma exponencial, a partir do avanço da imunização do povo, ao longo da campanha vacinal contra a Covid-19.
Os homenageados da vez são os motociclistas e os caminhoneiros do Brasil, aqueles, ditos hoje "motoqueiros", "motobois", "mototáxis", fazendo o trânsito de mercadorias do comércio virtual no meio urbano, e de pessoas que precisam se locomover de um ponto a outro das cidades com rapidez e a baixo custo – estes últimos, os caminhoneiros, transportando cargas pelas estradas do País, que há décadas optou por priorizar o modal rodoviário.
Durante esta pandemia, os caminhoneiros e os motociclistas não pararam um só dia, estes últimos se expondo ao intemperismo e ao trânsito perigoso das cidades, fazendo "delivery" de alimentos e medicamentos aos que se mantiveram em casa, aqueles outros enfrentando estradas nem sempre bem pavimentadas, infestadas de assaltantes, longe de suas famílias, para que não houvesse desabastecimento de produtos essenciais, notadamente de combustíveis, víveres e remédios.
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