ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO:
DE ONDE VEM?
Cássio Borges*
Foi decidido pelo Comitê de Bacias que o açude Castanhão passará a liberar 500 litros de água por segundo, dos quais 300 litros se destinarão ao Distrito Industrial Jaguaribe-Apodi (Dija) e 200 litros para o Perímetro de Irrigação Tabuleiros de Russas.
O jornalista Egídio
Serpa, em artigo publicado na edição do último domingo (dia 2 de julho) no
Diário do Nordeste, fala em 0,5 m³/s com a mesma entonação de voz de quando ele
se referia aos enganosos 30 m³/s da vazão regularizada do Açude Castanhão, que
diziam ser “a salvação do Ceará e do Nordeste”.
Refiro-me à matéria
publicada, na Coluna desse conceituado Jornalista, intitulada “Comitê de Bacias
Decidem Liberar Água Para Irrigação no Jaguaribe”.
Para um membro do Conselho
Estadual do Meio Ambiente (Coema) mais entusiasmado, numa reunião daquele
Colegiado, em 27 de julho de 1992, ironizando seu colega que havia feito aquela
afirmação, “o Açude Castanhão não só iria beneficiar o Ceará e o Nordeste, como
o Brasil e o Mundo”.
Segundo a referida
matéria de jornal, participaram daquele seminário 200 pessoas, para decidir o
que deveria ser feito com estes 0,5 m³/s, dos quais 300 litros/s se destinarão
ao Distrito Industrial do Jaguaribe (Dirja), onde um figurão deste esquema de
gestão de recursos hídricos no Ceará tem uma gleba irrigada.
Ainda bem que a Companhia de Gestão de Recurso Hídricos (Cogerh) tem dinheiro disponível para
patrocinar as diárias (transporte e almoço) dessas 200 pessoas... Quanto custa
mesmo aos cofres da Cogerh a realização de um seminário como este?
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