segunda-feira, 5 de julho de 2021

ARTIGO - Água Para Irrigação (Cássio Borges)

 ÁGUA PARA IRRIGAÇÃO:
DE ONDE VEM?
Cássio Borges*

 

Foi decidido pelo Comitê de Bacias que o açude Castanhão passará a liberar 500 litros de água por segundo, dos quais 300 litros se destinarão ao Distrito Industrial Jaguaribe-Apodi (Dija) e 200 litros para o Perímetro de Irrigação Tabuleiros de Russas.

O jornalista Egídio Serpa, em artigo publicado na edição do último domingo (dia 2 de julho) no Diário do Nordeste, fala em 0,5 m³/s com a mesma entonação de voz de quando ele se referia aos enganosos 30 m³/s da vazão regularizada do Açude Castanhão, que diziam ser “a salvação do Ceará e do Nordeste”.

Refiro-me à matéria publicada, na Coluna desse conceituado Jornalista, intitulada “Comitê de Bacias Decidem Liberar Água Para Irrigação no Jaguaribe”.

Para um membro do Conselho Estadual do Meio Ambiente (Coema) mais entusiasmado, numa reunião daquele Colegiado, em 27 de julho de 1992, ironizando seu colega que havia feito aquela afirmação, “o Açude Castanhão não só iria beneficiar o Ceará e o Nordeste, como o Brasil e o Mundo”.

Segundo a referida matéria de jornal, participaram daquele seminário 200 pessoas, para decidir o que deveria ser feito com estes 0,5 m³/s, dos quais 300 litros/s se destinarão ao Distrito Industrial do Jaguaribe (Dirja), onde um figurão deste esquema de gestão de recursos hídricos no Ceará tem uma gleba irrigada.  

Ainda bem que a Companhia de Gestão de Recurso Hídricos (Cogerh) tem dinheiro disponível para patrocinar as diárias (transporte e almoço) dessas 200 pessoas... Quanto custa mesmo aos cofres da Cogerh a realização de um seminário como este?


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