MÃE, ACIMA DE TUDO
Os imperativos da vida moderna modificaram o comportamento da mulher, sobretudo no que concerne à relação entre mãe e filho. As condições atuais, diametralmente opostas às de outras épocas, criaram novos hábitos de vida e refletem-se nas maneiras de agir e de encarar certos assuntos antes tidos como tabu.
A razoável evolução dos costumes estimulada pela tecnologia distanciou a mulher das lides domésticas. Isso lhe possibilitou alcançar avanços significativos nos espaços sociais, que, em tempos passados, eram quase privativos do sexo oposto. O pesado ônus da maternidade limitava-a à função doméstica, de dedicação ao lar. Hoje, obrigou-se a entrar no mercado de trabalho, estabelecendo parceria visando à manutenção da estrutura familiar.
Extintas foram as restrições que se lhe impuseram. Num crescendo, atuam em todos os segmentos de maior produtividade, além da dedicação aos afazeres domésticos. O “doce lar” hodierno certamente causaria perplexidade aos nossos avoengos; mais perplexos ficariam se presenciassem a competição que trava com o homem, causando um rebuliço no mercado de trabalho.
Mas acima de tudo é mãe, não se afasta da maternidade, dever missionário a ser cumprido com espírito de sacrifício, não importando a condição social. Foi ela quem, à semelhança de Maria, “nos amamentou, nutriu, sustentou, criou e se sacrificou por nós”.
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A celebração primaz é de agradecimento à Providência, assim como a todas que conceberam um ou mais filhos; às mães presentes e às que se foram ao dar a própria vida ao recém-nascido. Muitas vezes sem haver contemplado o terno sorriso, aquecido o coração ou corrido as mãos nos primeiros afagos...
Dia áureo, intensificado pelo colorido comercial, que não desbota a emoção, o cantar sentimental do bem maior de um filho. Desse modo, conservam-se em vigília, protegendo-nos e guiando-nos, porquanto a morte não extingue, nem desata os liames de amor entre as mentes e os corações afins. Por isso, jamais um presente material transcende à devoção contida em uma mensagem de reconhecimento filial!
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Por Paulo Maria de
Aragão
Advogado e
Professor
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