segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013

PRÊMIO IDEAL CLUBE DE LITERATURA


O IV Prêmio Ideal Clube de Literatura, sob os auspícios da empresa M. Dias Branco, premiou os vencedores do certame no último dia 21 de fevereiro, em concorrido evento que teve lugar no Salão Nobre da sede da agremiação, na Praia de Iracema, em Fortaleza.

José Telles
Alcimor Rocha
O evento foi coroado de sucesso, em que se louvem 
empenho e eficiência do médico e poeta José Telles, Diretor de Cultura e Arte do Ideal, que para tanto contou com o apoio do seu Presidente, Alcimor Rocha Júnior.

Na categoria nacional do concurso, em que concorreram obras inéditas, foi premiado o jovem gaúcho Caio de Oliveira Yurgel, com o livro “Sobre Trocar o Piso e Não Saber o que Dizer”. O prêmio em dinheiro foi de trinta mil reais.

Eduardo Campos
A categoria estadual, que escrutinou contos inéditos, recebeu o nome de “Prêmio Eduardo Campos”, em homenagem ao grande jornalista, escritor e dramaturgo cearense falecido Manoel Eduardo Pinheiro Campos, o Manoelito Eduardo. Venceu nesse gênero Max Roger Franco Pompílio, com a história denominada “Marca de Toda Gente é Bondade”.

Dentre os destaques selecionados para compor a coletânea do concurso foi agraciado o conto denominado “Aconteceu em New Orleans”, do acadêmico da ACLJ Reginaldo Vasconcelos, de que extraímos os trechos abaixo.

“Franco, ao contrário, quanto mais bêbado ficava maior era sua sede de conhecer uma estrangeira, desbravar seus brios étnicos, desvendar a sua intimidade genital. Talvez os varões da espécie humana hajam tatuado no caráter o signo do estupro, sempre perpetrado pelo conquistador contra o povo conquistado, em milênios de expansionismo furioso.”
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“Lisa tinha nádegas de bom porte e de razoável virtude. Pareciam grandes pêssegos sobre as hastes das pernas delgadas, condizentes com o tipo longilíneo da moça, na firmeza dos seus prováveis vinte anos. A boca e os olhos de Franco eram como um trenó tirado a dois cavalos negros, percorrendo aquele corpo níveo de brancura e maciez.”
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“Falando pausado, o homem-armário, que mascava chicles, com uma das mãos na cintura sobre a bolsinha em que se continha um par de algemas, acrescentou que os brasileiros acabavam de confessar um delito grave. Em seguida, apanhando junto à cama, com a pinça dos dedos, um preservativo usado, disse ainda em inglês explícito: ‘E isso aqui é uma evidência’.”

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