sexta-feira, 7 de setembro de 2012

QUE INDEPENDÊNCIA NÓS QUEREMOS?

Neste dia 7 de setembro de 2012 completamos 190 anos da Independência do Brasil em relação ao Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarves.


Filho de militar, e ex-aluno de uma escola militar brasileira, tenho viva em minha mente  a memória da importância desta data, dos desfiles cívicos, do cântico do Hino da Independência em formaturas militares, e da força da letra daquela canção.


Mas fico a me questionar se realmente somos, em pleno Século XXI, realmente independentes. Chego à conclusão de que não! Somos independentes apenas em relação a um contexto histórico e político do Século XIX, o que é comemorado durante 190 anos.

Mas, passados tantos anos, ainda somos escravizados e dependentes de uma casta de políticos descompromissada com a realidade nacional.

Orgulho-me de ser brasileiro, de amar meu país e minha Nação, de ser patriota, mas me envergonho da nossa classe política, que faz com que a maioria da população brasileira seja condenada a usar os grilhões de administrações públicas corruptas, ineficientes, ineficazes, e sem transparência.
Imagem: Samuel Celestito - BN

O pior é que não é de hoje que isso nos acomete, sendo como um câncer genético que passa de geração para geração, corroendo até mesmo o sentimento da esperança.

O Sete de Setembro deve ser visto como um dia de reflexão. Reflexão para sabermos se realmente desejamos ser independentes, humanos, prósperos, patriotas e destemidos. O Sete de Setembro deve ser o Dia do Basta, pelo fim de nepotismos, falcatruas, corrupção, conchavos espúrios, para que deixemos de ser meros espectadores da história, que nos acompanha, e que seguirá com as gerações futuras.

Temos que, unidos e com espírito crítico, buscar mudar a realidade deste país, desta nação. Devemos cobrar educação de qualidade, voltar a ensinar valores de cidadania e patriotismo nas escolas, nas ruas, “campos e construções”, como já dizia a canção, “somos todos iguais, braços dados ou não”.

A atual situação política do Brasil, que se consolida no limbo obscuro com a falência da maioria de nossas instituições de nossos Poderes Executivo, Legislativo e Judiciário, deve ser enfrentada com a invocação dos valores da letra do refrão do Hino da Independência: “Brava Gente Brasileira! Longe vá temor servil. Ou ficar a Pátria Livre, ou Morrer pelo Brasil.”



Este sentimento deve estar vivo e latente dentro do coração de cada brasileiro, de modo que possamos extirpar das representações políticas aqueles que não amam esta amada Pátria. Que possamos cantar com fervor a bela letra de nosso Hino Nacional quando diz: “Mas, se ergues da justiça a clava forte, Verás que um filho teu não foge à luta, Nem teme quem te adora a própria morte.”

Somente com esta consciência poderemos fazer valer a velha máxima jurídica de que: “Todo poder emana do Povo, e em nome dele será exercido”. E o caminho mais Justo, Perfeito, Igualitário, Livre e Fraterno é através do voto, consciente e crítico, em nossas eleições. Avante!


Por Fernando Dantas
Em 07 de setembro de 2012
O Dia da Pátria - 190 anos da Independência

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