KIT RAPARIGA
Marcos Maia Gurgel*
Da minha terra recebo um telefonema, em princípio muito estranho. Era um colega dentista clínico, com ampla atuação odontológica na região. Ele me pediu para ajudar uma jovem adolescente conterrânea, que, segundo ele, precisava completar o seu sonhado “kit rapariga”.
Kit rapariga!? – pensei comigo mesmo. Notando o meu silêncio e desconhecimento do assunto ele foi logo adiantando.
“Pois
bem: ela já tem uma moto ciquentinha e um celular de última geração, e só está
precisando agora de um aparelho ortodôntico para merecer o título”.
Entendi. Falei com um outro colega do Serviço Público, que, de forma louvável, proporciona esse tratamento, o qual prontamente me atendeu.
Enfim, o kit rapariga estava completo. A bela adolescente voltou à cidade de nós três, para desfilar em sua moto ao celular, agora podendo sorrir e amar como manda o figurino.
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