terça-feira, 1 de fevereiro de 2022

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (31.01.2022)

REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
   (31.01.2022)





PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira, que teve duração de uma hora e meia, 10 acadêmicos e um convidado especial, o médico cearense Francisco Machado, radicado em Brasília, pertencente à Casa do Ceará naquele Distrito Federal.  

Compareceram ainda o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Bacharel em Direito e Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel (Maricá - RJ), o Advogado e Sionista Adriano Vasconcelos (do volante do seu carro), o Jornalista Wilson Ibiapina (Brasília-DF), o Físico e Professor Wagner Coelho Rio de Janeiro-RJ), o ex-Juiz de Direito, Professor e Advogado Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, o Agente Comercial de Exportação Dennis Vasconcelos (Maringá-PR), o Médico, Filósofo e Latinista Pedro Bezerra de Araújo, o Agrônomo e Poeta Paulo Ximenes e o Arquiteto, Artista Plástico, Cronista e Apresentador de TV Totonho Laprovitera.

Simbolicamente presentes os convidados especiais Betoven Oliveira e Maurílio Vasconcelos (Porto Velho-RO), que justificaram previamente a sua ausência, que teve motivo de saúde. 
  

TEMAS ABORDADOS

Na abertura da reunião desta segunda-feira, Stênio abordou o confrade Totonho sobre uma irmã dele, Lucinda, que foi colega deste em repartição do Governo do Estado, lá pelos anos 80. A Suop (Superintendência de Obras Públicas), hoje extinta, abrigou em seus quadros funcionais uma elenco de jovens desenhistas, engenheiros e arquitetos, como Messias Batalha, Cecílio, Mansur Elias Daher... 

O Dr. Machado afirmou que o General Paulo Sérgio, Comandante Geral do Exército Brasileiro, de quem ele é médico, continua afirmando que virá ao Ceará, logo que oportuno, receber os símbolos físicos do título de Cearense do Ano que a ACLJ lhe outorgou.

A seguir, Reginaldo apresentou a peça que Aluísio Gurgel trouxe do Qatar para o relicário da Tenda Árabe, uma placa comemorativa do dia nacional daquele país do mundo árabe.

 
Também informou que o  russo Dmitry Sidorenko, Membro Honorário da ACLJ, linguista especializado em idiomas latinos, formado em letras pela Universidade de São-Petersburgo, intérprete oficial do Consulado do Brasil naquela cidade, está escrevendo as suas memórias em português, que lhe incumbiu de revisar.  

O titulo da obra, que se afigura de excelente qualidade, é CAMINHO PARA FORTALEZA. Um pequeno trecho, em que o autor se refere ao período em que trabalhou na Guiné-Bissau, país da África que fala português, sonhando em conhecer o Brasil. Ele compara os restaurantes da Guiné aos da Rússia soviética.  Lido na reunião, é transcrito abaixo.    
 

Outro ponto alto do dia a dia eram os restaurantes em Bissau. Havia bons restaurantes, com o serviço impecável e muito boa qualidade da comida. Os garçons pretos, vestidos de branco, serviam vinho português de luvas brancas e carne de cabrito ou de carneiro, grelhada na hora. 

Claro, não eram baratos, mas para nós não era caro, pois ganhávamos muito bem. Comparando com a situação soviética, em Leningrado, segunda cidade do país que era potência nuclear, a história era esta: os restaurantes, naquela época, que eram poucos, todos estatais, e situados, na sua maioria, no centro da cidade, ficavam sempre meio vazios. 

Normalmente o serviço era assim: O cliente batia na porta, e então aparecia um homem gordo da segurança, com a cara meio irritada por ter sido incomodado, dizendo logo que a casa não tinha vaga (mesmo com o restaurante meio vazio). Mas, vendo pelo vidro da porta uma nota de três rublos ficava logo mais simpático, já pedindo para esperar – e mesmo assim ainda demorava. Afinal, vinha abrir a porta indicando a mesa. Também demorava bastante a vinda de um garçom, que aparecia sempre exibindo o cardápio e uma cara de sono e de preguiça, insatisfeito por ter sido chamado ao serviço. 

O cardápio desses restaurantes estatais não tinha muita variedade: bife de carne suína ou de boi, batatas com arenque, caviar. A chegada dos bifes também demorava uma eternidade, e o próprio bife vinha escondido debaixo de muito molho e de uma montanha de cebolas. Tirando tudo isso, a faca era cega e não dava para cortar a carne, que parecia ter sido feita no dia anterior, e lembrava um pedaço de sola de sapato. 

Contudo, duas ou três doses de vodca faziam esquecer a má qualidade da comida. O restaurante meio vazio, alguns homens gordos tomando vodca com caviar, certamente diretores ou funcionários do Partido Comunista. Ninguém tinha interesse em servir bem, ganhando o mesmo salário, independentemente do número de clientes, que só davam trabalho. 

Foi uma boa experiência na minha vida conhecer aquele país africano de manga e caju, onde passei quinze meses trabalhando com o idioma português. Porém, Fortaleza ainda era longe para mim.

 


  
DEDICATÓRIA
 

A reunião virtual da ACLJ nesta segunda-feira, dia 31 de janeiro, foi dedicada à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Essa organização internacional acaba de enviar uma carta-convite ao Brasil, para dar início ao processo de análise dos requisitos para a entrada do nosso País na entidade. 

O governo brasileiro aguardava esse sinal verde desde 2017, quando solicitou o ingresso na OCDE, que até pouco tempo atrás era conhecida como um “clube de países ricos“. 


 


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