segunda-feira, 28 de dezembro de 2020

POEMA - "Pleonasmo Redundante" (VM)

 “PLEONASMO REDUNDANTE”
Vianney Mesquita*

 

 

Mal começamos a falar, começamos a errar. [GOETHE].

 

Cai-me, descendo, pranto liquescido,
Qual saliva bucal gelatinosa,
D‘olhos da face em sofrer padecido,
Sob debaixo de dor dolorosa.
 
Genuflecti com o joelho torcido,
A Deus deiforme, em prece querençosa,
Pedi que exclua de um mártir sofrido
Pena e castigo, emenda molestosa.

 
Burro muar e búfalo bovídeo
Sou parvo e néscio e estúpido sem halo,
Lobo canino e gafanhoto acrídeo.
 
E desse jeito, assim, num ágil embalo,
Modelo [é] um carrapato aracnídeo,
Ginete equestre montado a cavalo.


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