TROCA DE ESPELHOS
Edmar Santos*
Criamos fantasias sobre nós mesmos, que tendem a nos afastar de nosso próprio Eu, e isso se dá quando fugimos das relações com os outros. Isolar-se.
O uso do espelho errado, nosso auto-olhar, constrói ideias aceitas como verdades, mas que, por vezes, surgem sobre uma imagem equivocada. O espelho que melhor nos reflete é o olhar do outro através das relações, pois nos projeta não como imagem invertida, distorcida, equivocada, narcisista ou autopunitiva; mas nos mostra a imagem real refletida pelo olhar que não é o nosso.
Podemos não concordar com a imagem que nos mostram de nós e isso é construtivo; nesse momento, algo evolutivo acontece. É que criamos a nossa oportunidade de trocar o espelho por algo ainda mais potente, que surge pelo momento do confronto das verdades expostas pelas relações, o prisma. Refrata as verdades.
Quando fugimos das relações e buscamos o isolamento, estamos fugindo de nós mesmos. Uma atitude que nos traz adoecimentos, pois, certamente “é impossível fugirmos de nós mesmos”. Somos relacionais.
O melhor a fazer é sair e buscar no outro, o entendimento pela confrontação das ideias; porque é sempre “possível nos reencontrarmos com o nosso próprio Eu”, por essa ação. Imagem real.
Excelente contextualização, porém um desafio constante por em prática a busca do "eu" sem um apoio👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼👏🏼
ResponderExcluirExcelente texto 🙏
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