sexta-feira, 24 de junho de 2016

APRECIAÇÃO LÍTERO-HISTÓRICA - Família Real Britânica (VM)


  FAMÍLIA REAL BRITÂNICA
 Novo Capítulo
Vianney Mesquita* 



É quase tão impossível criar-se um bom príncipe num mau palácio, como traçar uma reta com uma régua torta. (DIEGO DE SAAVEDRA FAJARDO, escritor e diplomata espanhol –YAlgezares – Murcia – 05.1584–VMadrid, 24.08.1648).



Maria José R. R. Botelho, pela terceira oportunidade e se reportando literariamente, percorre um périplo histórico pelos meandros e curiosidades do grupo real grão-britano, ainda hoje de franco renome, cuja figura principal, a Rainha Elizabeth II, detentora do cetro inglês desde 2 de junho de 1953, inteirou noventa anos no último dia 21 de abril (2016).

Após se remeter ao rei Henrique VIII e à rainha Vitória – “a avó da Europa” – em dois livros de eminente valor para a História e a Literatura, alarga com este volume o universo espaçotemporal de suas investigações, enriquecendo cada vez mais nossos haveres de conhecimento, ao saciar o recheio das bibliotecas, escaninhos e étagères cearenses.

Agora, vem a cobertura de novas personagens e injunções historiográficas desse longo período, oportunidade em que sobram, para o leitor estudioso, curioso ou simplesmente diletante, a fim de ajuntar às suas conclusões, as deduções extraídas da Autora quando de suas inferências, ao examinar a vasta produção mundial atinente a este riquíssimo e largo espectro de informações da Ciência Narrativa, ora conduzido à luz literária.

Neste volume, então, com o zelo que lhe emoldura o semblante de escritora esperta e a responsabilidade professoral a lhe guarnecer o caráter didático, a Escritora cuida do original enredo existencial do Rei Eduardo VIII, irmão do Príncipe Alberto (Jorge VI, pai da atual Rainha), o qual reinou por apenas 326 dias.

Ocorreu de que, por alternativa própria, Eduardo Alberto Cristiano Jorge André Patrício David dispensou o cetro em favor de sua paixão, amor desmedido, pela plebeia estadunidense Wallis Simpson, com quem dividiu a existência até o seu passamento, sucedido em Paris (onde viveu desde a união com a Duquesa de Windsor), em 28 de maio de 1972. 

Esta é, pois, uma história singular, expressa – também e principalmente - por ilações da Professora Maria José Rondon Régis Botelho, que os leitores terão a chance de apreciar, adicionando informações similares concedidas sobre o assunto nos outros dois compêndos há pouco mencionados, sob o mote do Reino da Grã-Bretanha e da Commonwealt.

A escrita, a igual do ocorrente com toda a sua produção literária, é manifesta em língua correta, simples, porém, não vulgar – sobre temática de relevância e para adição de nossos conhecimentos ou mudança de entendimento fixado por meio de leituras anteriores, tanto sobre as circunstâncias das majestades britânicas, como, em particular, a respeito do argumento interessante da passagem vital de Eduardo VIII pela Terra.
   
Acheguem-se!


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