SALVE A
LÍNGUA PORTUGUESA!
Assis Holanda*
No transato dia 5 deste mês, festejou-se o teu dia, Língua Portuguesa, última flor do Lácio, inculta e bela!
Prefiro bela. Tua beleza consiste em servir a várias nações, a mais importante das quais é o Estado brasileiro.
Este é um País de contrastes, quando falamos És a um tempo esplendor e sepultura. Escolho esplendor. Brilhas por via das metáforas, por intermédio das sinestesias.
Já não és ouro nativo nem bruta mina, muito menos dormes entre cascalhos.
Amo-te, não és obscura nem desconhecida mundo afora.
Opto por lira singela e silvo da floresta, pois tua singeleza aparece nas poesias e teu silvo repousa nas consoantes que sibilam. Duas palavras para dizeres o que sentimos da ausência e meiguice.
Como
o Poeta Carioca, sou fã do teu viço agreste. O teu aroma não é mais de virgens
selvas. Alguns de teus ingratos filhos as desmatam; porém, a mais sublime de
tuas expressões é a voz materna: meu filho!

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