sexta-feira, 12 de agosto de 2022

CICLO GEOGRÁFIOCO CEARENSE - Itapajé

ACLJ 
CICLO GEOGRÁFICO CEARENSE

(A HISTÓRIA E O POVO)

 
ITAPAJÉ

Itapajé, cidade norte-cearense, a 122 km de Fortaleza, com cerca de 51 mil habitantes, está comemorando 163 anos de sua fundação, desde quando, em 08 de julho 1859, a sede do Município foi transferida para a região de Uruburetama. 

Itapajé ostenta o dado histórico de ser a cidade natal do célebre intelectual Quintino Cunha (1875-1943), orador excepcional, advogado, poeta faceto, grande piadista, precursor do humorismo cearense, que empresta o nome a um bairro de Fortaleza  cidade em que está sepultado, sob o epitáfio, ditado por ele mesmo: "O Padre Eterno segundo, reza a Escritura Sagrada, tirou o mundo do nada, e eu nada tirei do mundo". 

A Cidade amarga a vergonha de haver permitido demolir recentemente a casa em que nasceu Quintino Cunha, para a construção de um prédio de apartamentos.


Deveria o proprietário do imóvel e construtor do prédio, pelo menos, dar o nome de Quintino Cunha ao novo edifício em construção. 

Itapajé também foi palco de um episódio político curioso, quando, em 1947, recepcionou os escritores baianos Jorge Amado e Zélia Gattai para um comício comunista, que foi frustrado a cacete pela população católica da Cidade. 

Este fato está relatado no livro “Um Chapéu Para Viagem”, da Zélia Gatai, que militava longamente com o marido no Partido Comunista, até que, já na maturidade, abandonaram essa agremiação política apostataram do marxismo. 

O nome da Cidade de Itapajé (ita + pajé), em tupi, refere o frade de pedra que sobressai à topografia montanhosa em que o Município se insere. 

Itapajé reverencia os habitantes originais da região, os índios Guanacés, de índole gentil, ainda muito presentes na genética do povo tradicional, em que os simples prevalecem. Tem ainda a marca histórica de ter sido a segunda cidade do Brasil a libertar os seus escravos, em 1883.




A feira livre da Cidade é armada aos sábados com uma boa oferta de frutas nativas da serra e de hortaliças e legumes de cultivo familiar, além de artigos de vestuário popular. 

Itapajé também se notabiliza pela produção artesanal de linguiças e de paçoca de carne seca confeccionada no pilão, além de outras iguarias cearenses de origem indígena, a base de milho, mandioca ou banana.

Reginaldo Vasconcelos (ACLJ) - Sávio Costa (ACLJ) - Lúcio Alcântara (ACL-ACLJ)
Deputado Danilo Forte

As famílias tradicionais de Itapajé são a dos Sales e a dos Bastos, do Dr. Alcides, dentista, comerciante, maestro, fundador da banda de música da cidade e de sua loja maçônica; a dos Gomes, do empresário João, fundador da indústria beneficiadora de algodão; a dos Rocha, comerciantes de tecidos; a dos Vieira, do agropecuarista Raimundo; a dos Forte, do político Danilo, hoje destacado Deputado Federal.


A Universidade Federal do Ceará, sob o Reitor Cândido Albuquerque, acaba de inaugurar em Itapajé o Campus Jardim de Anita, em estrutura construída e doada à UFC pelo itapajeense José Maria Melo, próspero representante comercial no Rio se Janeiro, falecido em 2011.

José Maria Melo e Anita Inára

O nome “Jardim de Anita” foi uma homenagem do doador do imóvel a Anita Inára Bertulis de Melo, natural da Letônia, com a qual foi casado e era viúvo.

Diretor Marcelo Melo - Deputado Danilo Forte
 
Reitor Cândido Albuquerque (ACLJ)


Nota do Editor: Vide esta matéria no Instagram da ACLJ (http://www.instagram.com/aclofocial)

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