Queda do Império
Romano:
um olhar sinóptico
Pierre Nadie*
O Império Oriental ou Bizantino foi fundado em 395 d.C., no
governo do Imperador Teodósio, como uma medida estratégica dos conflitos e para
resguardar o Império Romano. Tinha como capital Bizâncio, cidade fundada em 667
a.C e desenvolvida para a época.
Roma estava em crise, desde o Século II d.C, não apenas com ataques externos, mas com conflitos internos e, mesmo assassinatos de imperadores e nobres. Conflitos, sobretudo, com os povos germânicos amiudavam-se pela dificuldade de gerir sua extensão territorial, mergulhada numa séria crise econômica.
A expansão romana dava sinais de
estacionar, as invasões territoriais eram mais frequentes, dada a fragilidade
de suas fronteiras e também à diminuição da população escrava, advinda dos
povos conquistados, com profundas repercussões na produção agrícola e, em
decorrência, a fome grassou entre o povo, além da escassez de recursos
financeiros para a manutenção de seu exército.
O colapso econômico tornou as fronteiras mais
devassáveis e a imigração germânica cresceu, constituindo ameaça ao poderio de
Roma.
O imperador Diocleciano instaurou, então, uma tetrarquia:
dividiu o Império em quatro regiões, cada uma com seu Imperador, porém, em
pouco tempo, invasões bárbaras e disputas entre imperadores enfraqueceram tal
estratégia. E, a partir de 390, os problemas se intensificaram, de tal modo
que, em 395, Teodósio dividiu o Império em dois: ocidental e oriental, este chamado
de bizantino, cuja capital o imperador Constantino havia mudado para
Constantinopla, em 11 de maio do ano de 330, numa tentativa de controle da
economia do Império.
Mais tarde, ante a ameaça dos belicosos Hunos, Roma fez
aliança com os Visigodos para rechaçá-los, porém, após a vitória, os Visigodos
depredaram e espoliaram Roma em 410, abrindo espaço para maiores incursões de
invasores, que ficaram mais frequentes e mais violentas, com os Vândalos, os
Francos, os Anglo-Saxões e os povos germânicos, culminando com a derrocada do
Império do Ocidente, em 476, no governo do Imperador romano Rômulo Augusto.
Derrota infligida pelo rei Odoacro, de Hérulo. Início da Idade Média.
Enquanto isso, a parte oriental, o Império Bizantino, enfrentou ameaças de Hunos e Visigodos e resistiu a crises econômicas. Atingiu seu apogeu no reinado de Justiniano, de 527 até sua morte em 565, quando se expandiu e chegou a conquistar terras no Norte da África e a Península Ibérica, que, anteriormente, eram do Império do Ocidente.
O declínio de Constantinopla aconteceu no século XV, quando os turco-otomanos alteraram a geopolítica, levando seu território até a Ásia Menor. E mudaram o nome de Constantinopla para Istambul.
O império bizantino constituiu-se o mais longevo império medieval: de 395 até 1204. Permaneceu sob o domínio turco até 1261, quando foi retomado por Miguel VIII da Niceia. A tranquilidade voltou a reinar até 1453, quando, em 29 de maio, os Otomanos a tomaram.
Em 1922, foi criada a República da Turquia, com sua capital em Ankara.
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