DOCE MAR SELVAGEM
PAULO XIMENES NOS BRINDA
COM UM CENTIFÓLIO
DE POEMAS
Reginaldo Vasconcelos*
O
poeta Paulo Ximenes expõe sua verve nesse livro primoroso, cujo título e capa
evocam a sua infância praiana e iracemita, entre os diques e píeres que amasiam
aquele bairro histórico da cidade com o indômito e verdeal oceano, de onde ele
trouxe a maresia de seus versos.
De lá ele pervaga os sítios bucólicos das cercanias da cidade-mãe, por onde delibou a sua meninice, a rua de sua adolescência e mocidade e da paixão insuperável, além dos sertões acres por onde foi exercer sua profissão na juventude, dos quais voltou para nidificar, constituir família, ter seus filhos.
Por fim, vai buscar em sua lira os céus surreais do Planalto Central, sob os quais, na madureza de seus anos, ele derrama o amor mais longevo, amor antigo que hoje se espraia para os netos, que lá medraram e que de lá lhe afagam o seu avoengo coração.
A
recomendação prefacial é da grande mestra da palavra, a poetisa Alana Girão de
Alencar, nossa confreira eterna na imortalidade acadêmica da ACLJ – e a capa,
de beleza épica e pelágica, é da doce Celi Girão.
Evoé!, meu velho amigo e irmão, parceiro fiel em tantas batalhas pela vida. Lavivá!, grande vate alencarino – e já aqui lhe peço a senha para obter o meu exemplar do livro próximo, obra já a caminho entre a gaveta e o prelo.
Destaco
aqui o primeiro poema que eu conheci da coletânea publicada, até porque participei
do momesco sarau que ele descreve, último grito de carnaval que nos foi viável
antes da grande pandemia, e que por essas e por outras se tornou indelével no
afeto e na lembrança.
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