Nasci em família católica, como grande parte de nós, os brasileiros. Pelo lado materno, dezenas de freiras e de padres no passado. Mas nunca me tornei um praticante.
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Bento Espinoza |
Com licença do grande Espinoza, digo hoje que me considero um panteísta, que, no entanto, avalia que todas as religiões, se moderadamente praticadas, promovem o bem, ao criar boas normas de conduta e ao dar lenitivo aos espíritos que não conseguem autonomia filosófica.
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N.S. de Fátima |
Quando nasci havia chegado a Fortaleza uma chamada “imagem peregrina” de Maria, a mãe de Cristo, na versão heterônima de Nossa Senhora de Fátima. Então, em suas orações, minha mãe teria confiado a minha sorte a essa santa especial, talvez o principal elemento feminino em toda a legião de entes sagrados da religião apostólica romana, pelo menos entre os portugueses e lusófonos em geral.
Cresci ouvindo que a virgem de Fátima, a pedido de minha mãe, me protegia, sempre meio cético que figura de tal hierarquia fosse se ocupar com o menino feioso, canhoto e tímido que era eu.
Na puberdade e na primeira juventude até me encabulava que a divindade feminina de Fátima, para manter sua vigilância, pudesse estar assistindo às minhas muitas namorices e outras peripécias juvenis.
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Alan Kardec |
Então, uma vez, já na maturidade, conversando certa noite com o meu amigo Almerindo Reis, o decanos dos cardecistas cearenses, a quem se atribuem dotes mediúnicos, de repente ele me olhou reflexivo por alguns instantes e perguntou se eu sabia que tinha a proteção espiritual de uma mulher. Tive que responder que sim, lembrando daquele pacto votivo entre minha mãe e Maria Santíssima. O que até hoje não sei é como o Almerindo soube disso.
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Miguel Dias de Souza |
Mas o nosso confrade Miguel Dias de Souza, controlador do Grupo Cidade de Comunicação, Membro Benemérito da ACLJ, tendo ele próprio especial devoção por Nossa Senhora de Fátima, por ter nascido no dia a ela dedicado, fez erigir no ponto mais alto da Serra de Guaramiranga a maior imagem da santa no Brasil, inaugurada no último 13 de maio, e que já está se tornando um polo de atração do chamado turismo religioso. Ele doou a estátua e o terreno em que se ergue à associação dos moradores locais.
Por Reginaldo Vasconcelos
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