A
CARNAUBEIRA
Pierre Nadie*
A Carnaubeira traz-nos algumas lições:
Sua copa circular leva-nos a considerar a transcendência divina. Como o círculo, que não tem começo nem fim, assim Deus Uno e Trino também não tem começo nem fim, Ele é o Alfa e o Ômega. A natureza, como canta o Poverello de Assis, traz do Altíssimo um sinal.
Outra lição volta-se para nossa contingência humana. Veem-se caracas na parte inferior do tronco da carnaubeira, até certa altura, que depois sobe limpo, sereno e livre das escamas.
As caracas lembram nossas lutas, nossas dificuldades, nossas mazelas, nossos erros, que, aos poucos, vão marejando nossa vivência e nos motivando a encarar com altivez e denodo as situações e os desafios da vida.
Então, chegamos à serenidade de uma maturidade, que compreendeu os desafios e os enfrenta de peito aberto, com garra, com confiança e com fé.
Trata-se de uma questão pragmática, germinante de um mergulho nas fímbrias do ser. Por isso é que há carnaubeiras com mais e menos caracas – em algumas chegando até o topo.
A natureza imita a vida.
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