JE NE RIEN COMPRIS
Reginaldo Vasconcelos*
A fim de repercutir neste Blog entrevista do jornalista Paulo Tadeu,
concedida sexta-feira última ao Programa Antenas e Rotativas, pela Rádio AM Cidade,
apresentado pelo Professor Cid Carvalho, Presidente de Honra da ACLJ, resolvi cobrir o
evento literário que foi o tema daquele colóquio radiofônico.
A referida sessão teve lugar no Centro de Eventos de Fortaleza, na sala nº 3 do segundo mezanino, no bojo da Bienal do Livro deste ano,
às 17:00h desta sábado, dia 13 de dezembro.
Deparei com uma plêiade de notáveis das letras cearenses reunida para
reverenciar uma ONG francesa, presidida por uma jornalista paulista, que distribuiu diplomas e medalhas a mancheias, todas elas sob a bandeira tricolor, ao som da
Marselhesa.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEha2_RsRhdVk33JNZa212mdROG5oxoc5dcdgSOrV2JpQ0baw0mNzp5yQ86thgyvvyg4Wt8_7kmXkBQUHlk2Lm4gw_HbtcqB_fOzbWZNKT_EaYiJIdeOMDWs1F0mPm6mNsRu0gpNSMqLP5c5/s1600/DIVINE.jpg)
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEgyvUZMBw9zliH_JI-uZFPHHKkMLG7JkWSmIvRheZJMCLttVVcRP6Qsz98hJHsUjSaWVcwSHNHqdXFapOFVPqC5Iy7giU3wYZDkg9IPnZACKaZjDuRdX2MQz2wfFeXxf2iYY4lh3uoV_rbH/s1600/DIVINE.jpg)
Estranhável, portanto, que uma brasileira paulistana, naturalizada
francesa, radicada na França,
sem méritos literários entre nós, seja objeto de um
descabido beija-mão, por parte da intelectualidade cearense.
Nos dois flagrantes, o Presidente da vetusta Academia Cearense de Letras, o ínclito José Augusto Bezerra, líder maior de nossa cultura, condecora, em nome da entidade francesa, os cearenses Paulo Tadeu, um dos nossos mais
importantes jornalista locais, e Adelaide Flexa, uma notória monarquista, com
as cores nacionais de uma emblemática república europeia.
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEj8SDMURXkh32MY6Ojripi8G4TgSZsI2P994CxJGmYh-bgc_dMWqHVK4XvonO6JVOv9dNW0GayNEOSqNi8LRGYM9JQdgt8zQCxLo-WR8IgLMNXg00Z58I628KsZ8BIWOJ9xuKl79Zw8HaGf/s1600/RICARDO+E+GUILHERME+II.jpg)
Também seria legítimo que um órgão oficial da cultura francesa resolvesse
socializar com literatos cearenses, e vice-versa. Todavia, o que presenciei foi um esforço colonizatório
oficioso da cultura francesa nesta terra de Alencar, promovido de forma excessivamente personalística e ufanosa por uma jornalista brasileira que adotou a França como sua segunda pátria. Não entendi nada.
*Reginaldo Vasconcelos
Advogado e Jornalista
Titular da Cadeira de nº 20 da ACLJ
Nenhum comentário:
Postar um comentário