O MUNDO MELHOR
DE PIXINGUINHA
(CINQUENTENÁRIO)
Aluísio Gurgel*
Era o carnaval de 1974 e o grêmio recreativo Escola de Samba Portela entrava na avenida homenageando o cidadão Alfredo da Rocha Vianna Filho, mais conhecido como Pixinguinha. Ele falecera nas proximidades do carnaval de 1973, na cidade do Rio de Janeiro. Agora, no aniversário de um ano de sua morte, a Portela lhe rendia esta bela, justa e merecida homenagem de contar a história de sua vida.
O desfile foi espetacular, mas a campeoníssima foi a Acadêmicos do Salgueiro. A Portela ficou em segundo lugar por um ponto de diferença, mas eternizou seu samba enredo por todos os carnavais.
Ainda hoje aquele samba enredo é cantado:
“Lá vem Portela / Com Pixinguinha em seu altar / E altar de escola é o samba / Que a gente faz / E na rua vem cantar / Portela / Teu carinhoso tema é oração / Pra falar de quem ficou / Como devoção / Em nosso coração/ Pixinguim, Pixinguim, Pixinguim / Era assim que a vovó/ Pixinguinha chamava / Menino bom na sua lingua natal/ Menino bom que se tornou imortal / A roseira dá / Rosa em botão / Pixinguinha dá/ Rosa canção/ E a canção bonita é como a flor / Que tem perfume e cor / E ele / Que era um poema de ternura e paz / Fez um buquê que não se esquece mais / De rosas musicais / Lá vem Portela…”
Certamente, há algum desaviso da memória quanto à letra, mas a
melodia deste hino ficou gravada na memória de todos. A letra é do Jair Amorim
e a música é do nosso Confrade Evaldo Gouveia, que recebe esta homenagem em
forma de crônica lá no Céu, com as felicitações da Academia Cearense de Literatura e Jornalismo pelo cinquentenário
da maravilha que deu à luz!
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