REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(13.09.2021)
Reginaldo Vasconcelos abriu a reunião tratando sobre a Assembleia Geral prevista para o próximo dia 03 de dezembro, em que será outorgado o título de Cearense do Ano ao conterrâneo que mais se tenha notabilizado em 2021, e o de Destaque Cearense, para os três naturais que tenham brilhado na luta contra a pandemia de Covid.
Instituída a Medalha Jornalista Augusto Borges, com ela serão distinguidos comunicadores cearenses que se tenham mantido ativos durante esse período calamitoso que a humanidade atravessou, produzindo conteúdos de qualidade para informar e entreter o público durante o isolamento social imposto pelo protocolo sanitário.
Presente à reunião o confrade Arnaldo Santos, um dos recipiendários da Medalha Augusto Borges, na categoria de Diretor de Televisão, ele foi alvo de referências elogiosas de vários dos demais convivas. Arnaldo é o melhor apresentador alencarino de programas de debates, guindado recentemente ao comando da TV Assembleia — ele que já capitaneou a instalação de várias emissoras cearenses, como a TV Jangadeiro e a TV Fortaleza.
PERFORMANCES LITERÁRIAS
A ALMA DO LIVRO
Reginaldo Vasconcelos
Dizia Vinícius de Moraes que uísque é “cachorro engarrafado”. O Poetinha, talvez irresignado com a velhice, fizera realmente do scotch o seu amigo mais fiel e mais canino. Autorizado por essa exótica analogia do saudoso poeta, poderia eu seguir a mesma linha, e dizer que livro seria como “gente em pó”.
Liofilizada em fibra de papel e pigmento, comprimida em um tomo ou mais, a pessoa livresca não se compõe de carne e osso, mas tem alma, pensa e se expressa, ama ou desama, afaga ou fere. Solúvel na alma de imensurável leitorado, o livro se recompõe redivivo a cada releitura, exatamente como o gênio da lâmpada, guardando sempre a fisionomia original, e sempre propalando o seu personalíssimo pensamento.
A minha tese não defende que por isso todo livro seja bom, até porque há gente de todo jaez e toda índole. Defendo que o livro, na ordem geral das coisas, difere da pedra, que é inerte, e da nuvem, que é volúvel; difere do líquido, que é volátil, e do ferro, que é fusível; difere da fruta, que é silvestre, e do canivete suíço, que é perfeito.
Então, como a pessoa, todo livro carece de solidariedade e de atenção, de compreensão e de indulgência, pois todo ele é fruto de um caso de amor entre um ser humano e o seu ideário. Quem se abalança a produzi-lo não quer outra coisa – quer dividir com os demais a própria alma. Abre o peito ao leitor, dizendo: “Eis o que tenho de melhor; a minha palavra”. E a palavra é a única âncora de que o ser humano dispõe para fixar-se no Universo.
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