quarta-feira, 15 de setembro de 2021

RESENHA - Reunião Virtual da ACLJ (13.09.2021)

 REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
   (13.09.2021)




PARTICIPANTES

Estiveram reunidos na conferência virtual desta segunda-feira,  que teve duração de uma hora e meia, dez acadêmicos e um convidado especial. Compareceram ao grupo o Jornalista e Advogado Reginaldo Vasconcelos, o Bacharel em Direito e Especialista em Comércio Exterior Stênio Pimentel (Estado do Rio)o Advogado e Pesquisador Sionista Adriano Vasconcelos (Fazenda Três Corações).

Compareceram também o Agrônomo e Pesquisador Luis de Moraes Rego Filho (Rio das Ostras-RJ),  o Juiz de Direito e Professor Aluísio Gurgel do Amaral Júnior, o Procurador Federal Edmar Ribeiro, o Físico e Professor Wagner Coelho, o Agente de Comércio Exterior Dennis Vasconcelos, o Marchand Sávio Queiroz Costa o Jornalista e Sociólogo Arnaldo Santos, e o especialíssimo convidado infante Benjamin Markus Gurgel do Amaral Angelakis. 



 TEMAS ABORDADOS

Reginaldo Vasconcelos abriu a reunião tratando sobre a Assembleia Geral prevista para o próximo dia 03 de dezembro, em que será outorgado o título de Cearense do Ano ao conterrâneo que mais se tenha notabilizado em 2021, e o de Destaque Cearense, para os três naturais que tenham brilhado na luta contra a pandemia de Covid.

Instituída a Medalha Jornalista Augusto Borges, com ela serão distinguidos comunicadores cearenses que se tenham mantido ativos durante esse período calamitoso que a humanidade atravessou, produzindo conteúdos de qualidade para informar e entreter o público durante o isolamento social imposto pelo protocolo sanitário.   

Presente à reunião o confrade Arnaldo Santos, um dos recipiendários da Medalha Augusto Borges, na categoria de Diretor de Televisão, ele foi alvo de referências elogiosas de vários dos demais convivas. Arnaldo é o melhor apresentador alencarino de programas de debates, guindado recentemente ao comando da TV Assembleia  ele que já capitaneou a instalação de várias emissoras cearenses, como a TV Jangadeiro e a TV Fortaleza. 


PERFORMANCES LITERÁRIAS


Na sequência, Aluísio Gurgel apresentou seu neto Benjamin, como a sua produção familiar de última geração, que enterneceu a todos. E, por analogia, Aluísio revelou que a sua produção literária leva um chá de gaveta de no mínimo três meses, depois dos quais ele vai resgatando e relendo os escritos, para então poder julgar se lhes aprova a qualidade. 

Sávio, sempre espirituoso, exemplificou comparando com os retratos três-por-quatro, que sempre desagradam à primeira vista, mas que depois os retratados passam a considerá-los razoáveis.

A propósito disso, Reginaldo lembrou que nesta semana encontrou um pequeno poema, escrito por ele há um ano, que na época não pareceu apto para merecer ser divulgado, mas que agora se revela maduro e aprovado.   

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Em seguida Reginaldo apresentou um coletânea do cronista cearense Caio Cid, pseudônimo de Carlos Cavalcante, um jornalista excêntrico e boêmio que viveu e brilhou nos anos 40. 

O titulo do livro é "Canapum", e o exemplar, hoje raro, em muito mau estado, foi encontrado num sebo alguns anos atrás. 
Edmar Ribeiro, por seu turno, leu um texto de Reginaldo, extraído de um livro do confrade Vianney Mesquita "Nuntia Morata", que abaixo vai postado com o título de "A Alma do Livro".


A ALMA DO LIVRO
Reginaldo Vasconcelos

Dizia Vinícius de Moraes que uísque é “cachorro engarrafado”. O Poetinha, talvez irresignado com a velhice, fizera realmente do scotch o seu amigo mais fiel e mais canino. Autorizado por essa exótica analogia do saudoso poeta, poderia eu seguir a mesma linha, e dizer que livro seria como “gente em pó”. 

Liofilizada em fibra de papel e pigmento, comprimida em um tomo ou mais, a pessoa livresca não se compõe de carne e osso, mas tem alma, pensa e se expressa, ama ou desama, afaga ou fere. Solúvel na alma de imensurável leitorado, o livro se recompõe redivivo a cada releitura, exatamente como o gênio da lâmpada, guardando sempre a fisionomia original, e sempre propalando o seu personalíssimo pensamento. 

A minha tese não defende que por isso todo livro seja bom, até porque há gente de todo jaez e toda índole. Defendo que o livro, na ordem geral das coisas, difere da pedra, que é inerte, e da nuvem, que é volúvel; difere do líquido, que é volátil, e do ferro, que é fusível; difere da fruta, que é silvestre, e do canivete suíço, que é perfeito. 

Então, como a pessoa, todo livro carece de solidariedade e de atenção, de compreensão e de indulgência, pois todo ele é fruto de um caso de amor entre um ser humano e o seu ideário. Quem se abalança a produzi-lo não quer outra coisa – quer dividir com os demais a própria alma. Abre o peito ao leitor, dizendo: “Eis o que tenho de melhor; a minha palavra”. E a palavra é a única âncora de que o ser humano dispõe para fixar-se no Universo.

   


    DEDICATÓRIA 


A sessão virtual da ACLJ realizada nesta segunda-feira foi dedicada a Marina Alves Bezerra, jovem repórter da TV Verdes Mares, que recebeu diagnóstico recente  de linfoma.

 A sociedade fortalezense tem se mobilizado para obter doação de sangue e de medula, pois Marina é filha única, de modo que se ressente da falta de um irmão ou irmã que lhe pudesse doar material medular com risco mínimo de rejeição. 

Os que fazem a ACLJ torcem pela plena e breve recuperação da querida jornalista, e elevam preces a Deus para que ela se restabeleça logo.    



    

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