BEM QUE ELE PODERIA...
Altino Farias*
Bem que ele poderia ainda estar
por aqui com suas brincadeiras, tiradas geniais e ideias fantásticas.
Será que ele enfim encontraria o tempo, já que sempre viveu anos e anos
à frente dele, ou teria continuado caminhando de forma que estivaria muito além
dos dias de hoje?
![](https://blogger.googleusercontent.com/img/b/R29vZ2xl/AVvXsEhenLkUE3ZfAA-ZgT41QCz3zsO3J3DVzjYP7nJEi-1x4vRB6erYKpldKb079YjIi2JkNGfHKVac5gn1-nZ2HNgfdPOy7F1_hRkvAcf_l_oI_WexhrPrjbeb0gK5FUO73a1Il2HS3YdXKPA/s1600/ARMANDO+X.jpg)
Com um pé no universo outro no “universo Brasil” (sim, o Brasil é um
universo), celebrava com entusiasmo de um colegial Chaplin e Oscarito,
Beethoven e Vila Lobos, Tolstoi e Lobato.
Tinha a certeza da grandeza da família, da importância fundamental da
educação e da ética como essência para uma vida social e
profissional saudável.
Visonário, dentro de sua área profissional criou novos conceitos e
participou ativa e pioneiramente da formação de entidades de interesse de sua
classe quando eram, ele e os outros, apenas oito em todo o Ceará.
É... Bem que ele poderia ainda estar por aqui. Se não mais atuante como
naqueles dias devido à ação de seu próprio tempo, pelo menos observando o mundo
e passando seu pensamento adiante. Por certo serviria a alguém, quem quer que
fosse esse alguém.
Poderia estar, mas se foi cedo, aos quarente sete. Como estava muito à
frente, mesmo em tempo exíguo deixou legado denso, sólido, que o próprio tempo
levará outros tantos para apagar.
Pedro
Altino Farias, em 23/04/2016
A José
Armando Farias, arquiteto e professor
(Y 23-04-1927
/ V16-07-1974)
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