quarta-feira, 10 de julho de 2013

FÓRUM SOBRE MANIFESTAÇÕES FOI UM SUCESSO

Foi muito proveitoso o 1º Fórum Sobre a Convulsão Social de 2013, no auditório da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, evento promovido pela Academia Cearense de Literatura e Jornalismo, cujo objetivo era analisar as causas e consequências das manifestações populares que tomaram as ruas do Brasil neste último mês de junho.

Iniciou a solenidade o Presidente da ACLJ, Rui Martinho Rodrigues, jurista e professor de história política na Universidade Federal do Ceará, que abriu os trabalhos com um amplo painel analítico das motivações tradicionais de greves e protestos, até então promovidos por minorias sociais, em defesa de seus interesses corporativos, enquanto que desta vez se observou uma mobilização da sociedade como um todo.

Também falaram o acadêmico decano da ACLJ, o Prof. Roberto Martins Rodrigues, um dos grandes constitucionalistas cearenses, o advogado e jornalista Alfredo Marques Sobrinho, o Deputado Heitor Ferrer e o Vereador Wagner Sousa, o Capitão Wagner, líder da grande mobilização da Polícia Militar do Ceará, que se amotinou em dezembro do ano passado, protestando por melhores salários, entre outras reivindicações profissionais.

Digna de nota a participação da jornalista Raquel Scarano, repórter da TV Diário incumbida de cobrir o fórum, e que se quis manifestar para apresentar o seu depoimento pessoal sobre as manifestações em Fortaleza, as quais acompanhou pessoalmente, fazendo a cobertura jornalística. 

Ela discordou da fala dos que a antecederam, desmistificando o entendimento de que os manifestantes de junho tivessem qualquer consciência política, pois os que ela entrevistou sequer sabiam a que se referia a PEC 37, contra a qual protestavam em suas palavras de ordem e em seus cartazes.



Raquel chamou o movimento de “Revolta dos Ipods”, pois lhe pareceu que os jovens estavam mais interessados em se fotografar e fazer postagens nas redes sociais que em conseguir qualquer mudança na política do País, em qualquer esfera de poder. Tudo oba-oba, por conseguinte.

Contou ainda a repórter que, durante a cobertura de uma das mobilizações, um manifestante lhe atirou uma pedrada, que atingiu um cinegrafista da equipe, e penetrou na multidão, não sem antes ter tido a fisionomia observada.

No final do dia ela foi chamada a uma delegacia para registrar um episódio de abuso policial. Um inocente professor de história teria sido preso de forma arbitrária, quando se encontrava numa parada de ônibus, próxima à manifestação. Pois o professor preso era o mesmo manifestante que a apedrejara horas atrás.


Alexandre
Pereira
Arnaldo Santos
Inscritos para o próximo fórum da ACLJ sobre o tema, todos presentes à primeira edição, o jurista Djalma Pinto, o jornalista e sociólogo Arnaldo Santos, o jovem ambientalista João Pedro Gurgel, o Secretário de Governo Alexandre Pereira, do Conselho Estadual do Desenvolvimento Econômico,  dentre outros.   

  

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