O Carnaval da Saudade, única festa pré-carnavalesca promovida pelo Náutico Atlético Cearense, é o mais tradicional evento anual da cidade, seguida de perto pelo Baile do Havaí, no Iate Clube de Fortaleza.
A festa do Iate é mais marinha, mais intimista, mais sensual, mais caribenha, mais mediterrânea, mais aventureira, mais permissiva, como o clima de um cruzeiro marítimo partindo do Havaí e seguindo pelos mares dos trópicos, por morenas latitudes.
A festa do Náutico é mais praiana, britânica, pomposa, aristocrática, a partir da arquitetura que recua com jardins e gradis robustos para exibir o portal iluminado, a escadaria, as colunatas, entre as quais se revelam ante-salas espelhadas, amplos salões palacianos e longos corredores sobranceiros, abertos ao vento mas guarnecidos por telhados elegantes.
No Baile do Havaí há juventude e amavios, há fantasias mais ricamente elaboradas na forma e mais sumárias nas medidas. Yoopys, gerações pós-baby-boomers, ambiente de jovialidade que se irradia e comunica aos mais maduros, bem adequada a casais novos, a casamentos renovados, a novos ricos, enfim, em qualquer sentido, a tradição reverenciando a novidade.
No Carnaval da Saudade, como o título trai, a tradição é soberana. É o reino das famílias mais antigas, dos empresários veteranos que acenam aos concorrentes, dos políticos formais que cumprimentam com sentimento olímpico os seus adversários nas urnas, dos profissionais medalhões que se encontram – não raro duas, três gerações de uma mesma família em cada mesa.
ACLJ NO CARNAVAL DA SAUDADE |
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