Brasil sem títuloManoela
Bacelar*
Peço licença para escrever a partir da fronteira da minha ignorância, com reverência aos indígenas e aos africanos, desencarnados em terras brasileiras, e aos seus descendentes.
Brasil, colônia portuguesa, Século XVIII. A Capitania de São José do Piauí é desmembrada dos domínios da Bahia, em 1715, para anexar-se às terras do Maranhão, de onde é desvinculada três anos mais tarde, por decisão de D. João V. Mantém-se, contudo, subordinada à administração do Maranhão por mais quarenta anos, quando então toma posse João Pereira Caldas, seu primeiro governador, em 1758. O bispado de Pernambuco exerce alguma ingerência político-religiosa sobre seus habitantes, durante o período.
A cena histórica narrada nos mostra baianos, maranhenses e pernambucanos disputando poder e território nos sertões do que hoje chamamos Piauí. Ao cenário, subjaz a dupla tragédia humana da opressão no Brasil, raiz que, com suas especificidades, faz do nosso país um lugar muito desigual: (1) a opressão contra os autóctones da Pindorama[1], a quem chamamos de indígenas; e (2) a opressão contra os extirpados de seus lares transatlânticos, os negros africanos escravizados.
[1] Pindorama, supostamente como chamavam o Brasil em tupi, quer dizer
“terra de palmeiras”.
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