quarta-feira, 26 de outubro de 2022

CRÔNICA - A Propósito (WI)

A PROPÓSITO
Wilson Ibiapina*

 

Estava conversando com o jornalista Carlos Henrique de Almeida Santos sobre a “guerra” que estamos vivendo à véspera da eleição presidencial de domingo, dia 30. Conversa vai, conversa vem, o jornalista baiano lembrou-se de uma história que Toninho Drummond contava. 

Ocorreu na eleição de 1960, em Minas Gerais. Um colega dele, alucinado por política, mas que nunca se definia, pois queria estar de bem com quem estivesse no poder, seguia o lema daquele político: “melhor do que esse governo só o próximo”. 

O tal jornalista, com a camisa de campanha do candidato, visitava diariamente os comitês de propaganda de Magalhães Pinto e Tancredo Neves. 

No dia em que saiu o resultado das urnas, ele foi o primeiro na fila de cumprimentos. Chegou perto de Magalhães Pinto e foi logo exclamando: 

– Que luta, que luta, meu Governador. Mas sabia que íamos conseguir. 

Ao abraçá-lo, o novo governador foi falando ao seu ouvido: 

– Quero você no Palácio da Liberdade na minha posse. Não me falte. 

O malandro jornalista, se mostrando bastante emocionado: 

– Puxa, Governador. Peça outra coisa. Assistir sua posse será impossível. Não estarei aqui em BH. 

– Pra onde você vai, logo no dia da posse? 

– Governador, estarei seguindo para Aparecida do Norte. Vou pagar a promessa que fiz pra sua vitória.


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