sexta-feira, 16 de junho de 2023

SONETO - Pleonasmo Redundante (VM)

 PLEONASMO REDUNDANTE
Vianney Mesquita*



Mal começamos a falar, iniciamos o erro. [GOETHE]. 

 

Cai-me, descendo, pranto liquescido,
Qual saliva bucal gelatinosa,
D’olhos da face em sofrer padecido,
Sob debaixo de dor dolorosa.


Genuflecti com o joelho torcido,
A Deus deiforme, em prece querençosa,
Pedi que exclua de um mártir sofrido
Pena e castigo, emenda molestosa.


Burro muar e búfalo bovídeo
Sou parvo e néscio e estúpido sem halo,
Lobo canino e gafanhoto acrídeo.


E desse jeito, assim, num ágil embalo,
Modelo [é] um carrapato aracnídeo,
Ginete equestre montado a cavalo.


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