REUNIÃO VIRTUAL DA ACLJ
(15.05.2023)
SESSÃO DA SAUDADE
WILSON IBIAPINA
Justificaram
ausência o Advogado, Professor, Apresentador de Rádio e TV, Compositor
Musical, Músico e Cantor César Barreto,
em viagem a Recife para participar de evento cultural, o Jornalista Arnaldo Santos, participando de reunião profissional, o Advogado Betoven
Oliveira, por conveniência de saúde, e o Advogado e Sionista Adriano
Vasconcelos, acompanhando a companheira em internação hospitalar – e portanto
estiveram espiritualmente presentes à homenagem póstuma ao confrade.
DEDICATÓRIA
A reunião desta segunda-feira, dia 15 de maio de 2023, por aclamação do grupo virtualmente reunido, foi dedicada ao grande jornalista cearense José Wilson Ferreira Ibiapina.
Proposto por Fernando César Mesquita, ele foi eleito e tomou posse em 03 de maio 2013, na Cadeira de nº 39 da ACLJ, fundada pelo Professor José Alves Fernandes, tendo como Patrono o publicitário Tarcísio Tavares.
Ibiapina foi um dos mais importantes membros da entidade, sempre presente às suas publicações, às suas redes sociais, e às suas reuniões virtuais, e, embora morando em Brasília, sempre que possível comparecia aos seus eventos.
Cronista magnífico, sempre bem humorado, a história de sua vida foi marcada por episódios jocosos e "cronicáveis". Por exemplo, Dona Margarida, consorte do confrade Vicente Alencar, conta que foi sua colega de colégio na infância.
Diz ela de quando o professor perguntou na sala de aula o nome, a naturalidade e o endereço de cada um dos alunos, e um menino se disse Wilson Ibiapina, natural da cidade de Ibiapina, e residente na Rua Padre Ibiapina, o que provocou a risada dos colegas.
Os que fazemos a Academia Cearense de Literatura e Jornalismo homenageamos a memória do querido e inesquecível confrade Ibiapina, que entra para a imortalidade acadêmica de forma inesperada, deixando a linda família que construiu com a esposa, a goiana Edilma Neiva, também jornalista e escritora, além de uma bela história de vida e um grande elenco de amigos.
O jornalista José Wilson Ferreira Ibiapina morreu nesta terça-feira dia 09 de maio, aos 80 anos, em Brasília. De acordo com amigos e familiares, Ibiapina estava internado havia cerca de 20 dias em um hospital privado, na capital federal, e morreu após "falência múltipla de órgãos". Ibiapina deixa a esposa Edilma Neiva, também jornalista, um casal de filhos e uma neta.
O velório do jornalista foi na quinta-feira, dia 11, de 9h às 13h, na Casa do Ceará, em Brasília.
Nascido em 1943, em Ibiapina, município a 300 km de Fortaleza, o jornalista começou a trabalhar aos 14 anos como repórter amador em um jornal da capital cearense e passou por diversos veículos de comunicação, desde então.
Conforme depoimento dado ao projeto Memória Globo, do grupo Globo de mídia e comunicação, Ibiapina trabalhou na primeira TV do Ceará, aos 19 anos. Foi repórter também dos Diários Associados. Em 1968, foi trabalhar no Rio de Janeiro, no jornal Correio da Manhã e na Rádio Tupi. Em 1970, mudou-se para Brasília. O cearense foi o primeiro repórter da sucursal da TV Globo, em Brasília, em tempos de transmissão de notícias ainda por filme à sede da empresa, no Rio de Janeiro.
Como repórter na emissora de TV, nos chamados “anos de chumbo”, Ibiapina fez diversas coberturas jornalísticas e apontou como mais históricas o sepultamento do ex-presidente da República Juscelino Kubitschek, em 1976; as primeiras eleições diretas para governador, em 1982, depois do Golpe Militar de 1964; e a morte do presidente eleito e não empossado, Tancredo Neves, em 1985. Na TV Globo, Ibiapina ainda foi editor dos telejornais Bom Dia Brasil e Jornal da Globo.
No Memória Globo, ele descreveu o ofício do jornalista que trabalha na capital federal: “Se você for trabalhar em Brasília, nunca mais quer trabalhar em outro lugar. Porque lá você vê a notícia surgir, a origem da informação, a origem de tudo. As outras praças vivem de repercussão. Então, você fica viciado em ver as coisas surgirem no meio dos fatos, a origem das coisas. É muito interessante profissionalmente. É muito interessante você viver na origem da matéria, da notícia”.
Em 1985, no início do governo do ex-presidente José Sarney, Ibiapina deixou a TV Globo para ser assessor do telejornalismo da antiga Radiobrás, empresa pública que comandou os veículos de comunicação do governo federal, até 2007, quando foi sucedida pela Empresa Brasil de Comunicação (EBC).
Ao todo, Wilson Ibiapina – apelidado de Bibi, por muitos colegas de redação – teve três passagens registradas na Radiobrás e na EBC: maio de 1985 a março de 1990; agosto de 1993 a novembro de 1994 e novembro de 1994 a março de 2018.
Nesses períodos, Ibiapina desempenhou as funções de repórter, chefe de reportagem, editor de texto na TV Nacional e na TV Brasil, além de assessor especial da presidência da empresa.
Em março de 2018, o empregado aderiu ao Plano de Demissão Voluntária (PDV) e deixou a EBC.
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